Mulher é curada de câncer raro e engravida: “Deus realizou meu sonho”

Eveline tinha 40% de chance de sobrevivência e não poderia ser mãe após os tratamentos.

fonte: Guiame, com informações de Revive

Atualizado: Sexta-feira, 24 Maio de 2024 as 9:49

Eveline e a família. (Foto: Reprodução/Revive)
Eveline e a família. (Foto: Reprodução/Revive)

Aos 23 anos, Eveline foi diagnosticada com uma forma rara de linfoma não-Hodgkin. O tratamento consistiria em seis dos mais difíceis ciclos de quimioterapia, com os quais ela teria 40% de chance de sobrevivência. 

Além disso, segundo os médicos, ela também não poderia mais ter filhos. Eveline, que estava casada há um ano, sentiu como se seu mundo estivesse desabando. 

“Antes de ser diagnosticada com um tipo de câncer linfático, eu estava doente há seis meses e tinha queixas muito estranhas”, disse ela à Revive. 

E continuou: “Passou de dor de estômago a não conseguir mais andar. Fui de um médico para outro. As coisas ficaram cada vez piores. Perdi peso e senti dores insuportáveis. Fui criada como cristã e conhecia a Verdade, mas em meio ao desespero me perguntei: ‘Onde está você, Deus?’”.

Os médicos informaram que o tratamento duraria cerca de um ano e meio. 

“No final, demorou seis meses porque meu corpo respondeu muito bem, mas certamente não foi fácil”, relatou Eveline.

Esperança em Deus

Nesse período, Eveline passou muito tempo internada e só conseguia descansar durante os intervalos do tratamento. 

“Muitas vezes estive entre a esperança e o desespero. Eu poderia ter um dia bom e no dia seguinte poderia ter uma febre muito alta”, relembrou ela. 

“Naqueles momentos difíceis, quando sentia tanta dor e solidão, clamava a Deus. Não tive uma resposta imediata, mas percebi que a esperança continuava voltando ao meu coração”, acrescentou.

Segundo ela, a base dessa esperança foi formada pelas experiências que teve com Deus na infância: 

“Minha fé em Deus foi a base da minha esperança. Também fui apoiada por muitos familiares e amigos. Através deles eu vi Deus. Eles oraram e lutaram por mim quando eu não conseguia mais fazê-lo. Eles me encorajaram quando eu quis desistir”.

E continuou: “Aprendi que os altos e baixos faziam parte disso. Não foi fácil, mas eles me fizeram sentir o quanto eu sou dependente de Deus. Conversei muito com o Senhor e meu relacionamento com Ele se aprofundou”.

Restauração dos sonhos

Após seis meses de quimioterapia, Eveline foi curada em maio de 2012. Ela se recuperou e pode voltar a estudar e aproveitar seu casamento.

Um mês e meio depois, ela descobriu que estava grávida, contrariando a perspectiva dos médicos. 

“Ser mãe sempre foi meu maior sonho. O câncer matou aquele sonho, mas agora Deus o realizou. Fiquei muito grata a Ele por isso”, testemunhou ela.

“A chance de o câncer voltar era maior no primeiro ano. Além disso, eu mal conseguia andar quando engravidei. Eu ainda tive que me recuperar após o tratamento. Mesmo assim, eu sabia que tudo iria dar certo, minha confiança estava muito alta”, acrescentou.

Após 10 anos de sua cura, Eveline irá lançar um livro sobre seu testemunho chamado “Se Ao Menos Fosse Amanhã” e espera trazer encorajamento e esperança às pessoas.

“Sei que as coisas não correm tão bem para todos como para mim e isso ainda continua sendo uma luta. Mas quero dizer às pessoas que elas não estão sozinhas. É importante que você se sinta apoiado por outras pessoas”, disse ela.

Hoje, Eveline está completamente curada e Deus realizou seu sonho: ela é mãe de três meninas.

“Procure ver Deus em todas as pequenas coisas. Procure pontos positivos e tente obter esperança deles”, afirmou Eveline. 

“Deus não pede que você seja sempre positivo. Ele entende suas emoções e não as julga; Ele está sempre em cada tempestade e deserto. O Senhor está perto, mesmo que você não sinta. Não importa quão forte seja a tempestade, Ele está em todos os processos. Essa é a nossa base”, conclui ela.

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