Mulher que sofreu parada cardíaca volta à vida: "Ouvi uma voz dizer 'Ainda não é hora'"

LaTonya Faison enfrentou diversas complicações médicas enquanto aguardava para fazer um transplante.

fonte: Guiame, com informações de CBN News

Atualizado: Terça-feira, 28 Novembro de 2023 as 4:48

LaTonya Faison. (Foto: Reprodução/CBN News)
LaTonya Faison. (Foto: Reprodução/CBN News)

LaTonya Faison foi diagnosticada com herpes zoster, aos 45 anos, nos Estados Unidos. Três meses depois, ela estava no hospital com insuficiência renal e hepática aguda. 

Ela precisava de um transplante de fígado, porém, não sabia se teria tempo para aguardar um doador na fila de espera.

“Quando ouvi o médico dizer aos meus pais para orarem por um milagre, eu sabia que estava lutando pela minha vida”, disse LaToya à CBN News.

“Há milhares de pacientes na lista de espera e apenas 50% acabam recebendo um transplante de fígado geralmente, dentro de um ano ou mais”, explicou o diretor médico executivo do Hospital da Universidade da Carolina do Norte, Dr. Chirag Desai.

Para ele, se LaToya permanecesse sem um transplante durante 30 a 90 dias, ela teria apenas 10% de chance de sobrevivência. A família começou a orar e pedir a Deus que fizesse um milagre na vida dela.

“Eu estava tão doente que não conseguia orar por mim mesma. Então, acho que foi quando Deus entrou e olhou para o meu coração e soube que eu precisava de ajuda. Eu precisava de oração”, relembrou ela.

Os médicos colocaram LaTonya em coma induzido e  também a colocaram na lista de espera para doadores de um fígado e um rim. 

Morgan, filha de LaTonya, tinha 12 anos na época e contou como foi difícil ver mãe naquele estado:

“Ela tinha um monte de tubos. Foi terrível e muito assustador vê-la assim. Minhas orações eram para que ela pudesse ver minha formatura”.


Morgan. (Foto: Reprodução/CBN News)

Experiência sobrenatural 

Vinte dias depois, LaTonya estava com 80% de sua função renal comprometida e precisava fazer diálise três vezes por semana.

“Ambos os órgãos estavam falhando, o fígado e o rim, e normalmente isso acontece quando o paciente tem insuficiência hepática aguda, então outros sistemas no corpo também começam a reagir”, relatou o doutor.

De acordo com a CBN News, o quadro de LaTonya piorou. Ela desenvolveu sepse, estava com hemorragia e tinha líquido em ambos os pulmões. 

Então, ela teve uma parada cardíaca. Mesmo em coma, LaTonya se lembra de ter vivido algo sobrenatural: 

“Os monitores começaram a disparar freneticamente. Eu podia me sentir flutuando sobre o meu corpo e olhando para ele na cama do hospital. Ouvi minha mãe dizer: 'Oh meu Deus, não, por favor, não vá. Não vá’. Lembro de estar em um lugar tão bonito e a paz que me cercava superava qualquer coisa que eu poderia ter experimentado aqui na terra”. 

E continuou: “Eu não tinha preocupações. Eu só senti um amor abundante. E ouvi uma voz dizer: 'Ainda não é a sua hora, você tem que voltar’. E naquele momento voltei para o meu corpo”.

Os batimentos cardíacos voltaram e o Dr. Desai afirmou: “Muitos pacientes não sobrevivem a esse quadro. Então é um milagre”.

A família e muitos amigos de LaTonya continuaram a orar por ela, até que ela saiu do final da lista de doadores para o topo e dentro de duas semanas um doador compatível foi encontrado para seu fígado e rim. 

“Eu tenho uma filha que precisa de mim. Eu só estou orando para que o Senhor me ajude a passar por esta cirurgia com sucesso e sem complicações. Então, Deus continuou falando comigo e me dizendo que tudo ficaria bem”, contou LaTonya.


Médico. (Foto: Reprodução/CBN News)

Superação 

No dia 11 de janeiro de 2017, LaTonya iniciou a cirurgia que durou 13 horas para substituir seu rim e fígado. 

“Esses novos órgãos são como milagres. Ela estava na UTI e se saiu muito bem”, disse o doutor.

Morgan lembrou: “Eu estava muito grata. Eu queria correr, pular e dar um abraço nela. Mas ela ainda estava muito fraca”.

Após quatro semanas de tratamento, o rim e o fígado de LaTonya estavam funcionando como esperado. Ela recebeu alta do hospital no dia de seu aniversário de 46 anos. 

“Eu pedia a Deus para que meu corpo não rejeitasse esses órgãos. E que Ele me mantivesse saudável para que eu pudesse estar aqui para pelo menos ver minha filha se formar no ensino médio e ir para a faculdade”, contou ela.

Seis anos depois, Morgan testemunhou: “Sou muito grata pelo doador e sua família. Minha mãe conseguiu ver minha formatura no ensino médio e daqui há três anos, ela me verá concluindo a faculdade com um mestrado em psicologia. Não parece que ela teve um transplante duplo, as orações definitivamente tiveram algo a ver com isso”.

Dr. Desai acrescentou: “Ela está indo extremamente bem. Eles precisam valorizar e agradecer a Deus por isso”.

LaTonya continua fazendo os tratamentos médicos e tomando as medicações recomendadas. Porém, ela está saudável e grata por poder compartilhar seu testemunho. 

“A oração é poderosa. Ela que me manteve e está me mantendo aqui. Posso dizer a quem está passando por uma crise, sempre mantenha a fé. Não desista. Deus pode fazer todas as coisas”, concluiu ela.

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