A funcionária pública Mônica Gonçalves de Oliveira, de 38 anos, procurou a Polícia Civil para denunciar uma possível agressão sofrida pelo seu filho, de 12 anos, em uma escola municipal de Campo Grande. O caso aconteceu na última terça-feira (27), e o menino, que está no 7º ano, ainda não voltou a frequentar as aulas porque está de licença médica.
O adolescente teve hematomas no olho esquerdo e, segundo a mãe, teve uma fratura no rosto. Ele precisou levar alguns pontos por conta de um corte na sobrancelha.
O menino relatou à mãe que foi agredido por outro aluno, dentro da sala, durante uma aula de artes visuais. “Eu fui lavar o meu pincel que estava sujo de tinta, em uma pia que fica dentro da sala mesmo. Quando terminei, chacoalhei o pincel para sair toda a água. Ele ficou irritado porque respingou nele, aí me pegou pela gola da camiseta, me levou para trás de um quadro e me enforcou. Eu desmaiei e não vi mais nada”, contou o menino.
Segundo a mãe, no dia da agressão, a direção da escola ligou para a família e informou sobre o fato. O menino, foi levado até a Santa Casa pelos próprios pais.
Ainda segundo a mãe, a direção da escola se recusou a fornecer informações sobre o aluno que teria feito as agressões. O caso foi registrado como lesão corporal dolosa e será investigado pela Polícia Civil.
Medo
O adolescente disse que está com medo de reencontrar o aluno que teria feito as agressões e por isso não quer voltar para a escola. “Se ele continuar na minha sala, prefiro mudar de colégio”, afirmou.
A mãe informou à polícia que acionou o Conselho Tutelar para pedir que sejam tomadas providências em relação ao aluno que teria cometido a agressão. “Dessa vez foi o meu filho, amanhã ou depois, pode acontecer com o filho de outra pessoa”, enfatizou.
Ela afirmou ainda que pretende entrar com uma ação judicial de danos morais contra a escola.
Escola
Procurada pelo G1, a direção da escola disse que todas as providências em relação a agressão foram tomadas. A assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Educação (Semed) informou que no dia da briga entre os alunos, os pais do estudante agressor e do agredido foram comunicados.
Conforme o regimento da Semed, o aluno agressor foi suspenso por três dias e os pais foram avisados para que advertissem o filho. A secretaria informou ainda que a escola prestou toda assistência ao aluno agredido.