Antes de encerrar o prazo das 17h, estabelecido pela Fifa, a Associação Uruguaia de Futebol (AUF) entrou com a defesa de Luis Suárez, no Rio de Janeiro. Com uma comitiva liderada pelo presidente da entidade, Wilmar Valdez, acompanhado dos advogados Alejandro Balbi e Jorge Barrera, os uruguaios alegaram que o atacante não chegou a morder o zagueiro Giorgio Chiellini na vitória da Celeste sobre a Itália. Além disso, a defesa sugeriu que o defensor italiano já tinha uma lesão no ombro.
- Não houve mordida. Foi uma jogada casual, em que o jogador perde o equilíbrio e o choque ocorre. Poderia ter sido um duro golpe na nunca, no pescoço ou nas costas. E isso é o que você vê: um choque, nada mais - disse Dehl, em entrevista ao jornal uruguaio “Ovación”.
Segundo o jornal uruguaio, foram apresentados vídeos, fotos e textos jurídicos para defender o jogador, que ficou em Natal e não deu qualquer tipo de declaração. Já o diário “El Observador” informou que uma carta de 17 páginas foi apresentada ao tribunal.
- Temos algumas fotos do Chiellini com uma lesão nessa área do ombro esquerdo. Por isso pedimos um relatório forense para ver se as imagens que surgiram após o jogo correspondem a realidade ou se o jogador italiano já tinha uma lesão lá - disse Barrera, o outro advogado, ao Observador.
Na noite desta quarta-feira, os 19 membros do Comitê Disciplinar da Fifa, presidido pelo suíço Claudio Sulser, se reuniram no Rio de Janeiro, mas não anunciaram de imediado uma decisão sobre o futuro do atacante, o que só deve acontecer na manhã desta quinta-feira, possivelmente no briefing oficial da Fifa, às 10h30, no Maracanã. Suárez foi enquadrado, de acordo com o comunicado divulgado pela Fifa, nos artigos 48 e 57 do código disciplinar da entidade.