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San Lorenzo vence o Nacional-PR e é o novo campeão da Taça Libertadores da América

fonte: Globoesporte.com

Atualizado: Quinta-feira, 14 Agosto de 2014 as 8:39

Durante anos, os rivais do San Lorenzo brincaram com a sigla do nome do clube, CASLA (Club Atlético San Lorenzo de Almagro). Diziam, maldosos, que ela significava Clube Argentino Sem Libertadores da América. Pois agora não podem dizer mais. Com vitória de 1 a 0 sobre o Nacional do Paraguai, na noite desta quarta-feira, no estádio Nuevo Gasómetro, em Buenos Aires, o Ciclón entrou para o grupo dos campeões continentais - no qual já estavam os demais integrantes dos chamados cinco grandes argentinos: Boca Juniors, River Plate, Independiente e Racing, além do Estudiantes. Ortigoza, de pênalti, fez o gol do título.

Foi um sufoco. O San Lorenzo jogou mal, se mostrou extremamente nervoso, sentiu a falta de Piatti, seu melhor jogador na Libertadores, e poderia ter perdido para o Nacional. O time paraguaio foi melhor no primeiro tempo e chegou a acertar a trave dos argentinos. Mas falhou ao ceder um pênalti bobo ao rival.
A conquista inédita levou às lágrimas jogadores e torcedores do San Lorenzo. Romagnoli, possível reforço do Bahia, saiu de campo aplaudido de pé pela torcida, em meio a lágrimas. Com o título, o time para o qual torce o Papa Francisco está garantido no Mundial de Clubes, em dezembro, no Marrocos.

O jogo
O momento mágico vivido pelo Nacional ganhou tons sobrenaturais com a atuação da equipe no primeiro tempo. Soa quase inacreditável, mas a verdade é que o time paraguaio foi melhor do que o San Lorenzo - muito mais tradicional. Merecia ter saído na frente. Mas acabou castigado por uma dessas injustiças do futebol.

Logo no primeiro minuto, o Nacional fez a bola beijar a trave argentina. Mercier errou feio e foi desarmado no meio-campo. No contra-ataque, a trama resultou em chute de Orué, no poste à esquerda de Torrico. O lance assustou o Nuevo Gasómetro. E não foi ocasional. O time de Assunção teve outros três momentos de perigo, em chutes colocados de fora da área, sempre rentes à meta da equipe de Buenos Aires.

O Ciclón foi uma sucessão de equívocos: muita afobação, muito nervosismo, muitos erros em lances simples. Teve a bola, mas não soube como lidar com ela. E aí teve a ajuda do Nacional. Coronel, um dos melhores jogadores do time paraguaio, abriu os braços dentro da área em tentativa de cruzamento de Cauteruccio. Pênalti. Ortigoza partiu para a cobrança e não perdoou: 1 a 0.
No segundo tempo, o San Lorenzo conseguiu segurar bem a onda do Nacional, que passou a esticar o jogo e a explorar jogadas aéreas, sem grande sucesso. Em uma delas, porém, quase saiu o gol paraguaio. Bareiro mandou por cima ao pegar rebote. Mas foi pouco. Incapaz de pressionar o adversário, coube ao pequeno clube de Assunção ser o coadjuvante da grande festa do San Lorenzo, finalmente campeão da Libertadores da América.

 

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