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Em tom desafiante, Hillary defende forma como EUA lidaram com ataque na Líbia

Em tom desafiante, Hillary defende forma como EUA lidaram com ataque na Líbia

Atualizado: Quinta-feira, 24 Janeiro de 2013 as 6:42

Ao Congresso, secretária de Estado diz que seu Departamento atua para aumentar segurança de missões diplomáticas após morte de embaixador em Benghazi

Alternando momentos emotivos e contundentes, a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, insistiu nesta quarta-feira que seu departamento atua rápida e agressivamente para fortalecer a segurança das representações diplomáticas dos EUA no exterior depois do ataque terrorista mortal contra o consulado americano em Benghazi, Líbia, em 11 de setembro do ano passado.

Em seu último testemunho formal ao Congresso como a principal diplomata americana, Hillary mais uma vez assumiu toda a responsabilidade pelos erros do Departamento de Estado que levaram ao atentado contra o consulado e à morte do embaixador Chris Stevens e de outros três americanos.

O testemunho de Hillary concentrou-se no ataque na Líbia depois de mais três meses de acusações republicanas de que, em meio à eleição presidencial, o governo de Barack Obama ignorou sinais de deterioração da segurança no país e descreveu um ato terrorista como meros protestos contra um vídeo antimuçulmano. Autoridades de Washington suspeitam que militantes vinculados à Al-Qaeda lançaram o ataque.

Com a voz embargada em determinado momento, Hillary iniciou seu testemunho dizendo que sua experiência profissional muitas vezes é altamente pessoal. Elevando sua voz em outro ponto, ela defendeu a embaixadora dos EUA na ONU, Susan Rice, que foi altamente criticada por alegações feitas cinco dias depois do ataque de que os protestos precipitaram a ação violenta em vez do terrorismo. Ela desafiou a abordagem republicana sobre os comentários de Susan, que tinham como base pontos de discussão da comunidade de inteligência.

\"O fato é que quatro americanos morreram. Foi por causa de um protesto? Ou por causa de alguns caras que saíram para passear uma noite e decidiram que matariam alguns americanos? Que diferença, neste momento, isso faz?\", disse uma Hillary claramente exasperada e irritada ao senador republicano Ron Johnson. \"É nosso trabalho descobrir o que aconteceu e fazer tudo o que pudermos para evitar que aconteça de novo, senador.\"

Ela insistiu que \"pessoas tentavam em tempo real conseguiram a melhor informação\" e sua atenção estava concentrada em pensar em como melhor a segurança em vez de revisitar os pontos de discussão e a aparição de Susan na TV. Enquanto cresciam as críticas republicanas à embaixadora dos EUA na ONU, Susan foi forçada a retirar seu nome da disputa pela sucessão de Hillary.

Hillary afirmou que seu departamento está implementando as 29 recomendações de uma comissão independente que criticou duramente o órgão, assim como indo além das propostas, com uma abordagem especial em postos altamente visados.

"Ninguém está mais comprometido a fazer isso certo\", disse. \"Estou determinada a deixar o Departamento de Estado e nosso país mais seguro e mais forte.\"

Grupo de direitos humanos

Apesar da impressão generalizada de que o país como sendo anárquico após o ataque em Benghazi, um relatório da organização pró-democracia Freedom House divulgado no dia 16 indicou que a Líbia fez avanços significativos para estabelecer democracia e direitos políticos no ano passado.

A Líbia e o Egito foram duas nações que a Freedom House classificou como \"parcialmente livres\" até o final de 2012 por causa da realização bem-sucedida de suas eleições, um resultado bem melhor do que o de \"não livres\" registrado no ano anterior.

\"A Líbia continua sofrendo uma falta de controle governamental sobre muitas regiões de seu território, um problema que é agravado pela ação de milícias islâmicas autônomas e radicais. Mas a despeito das previsões de caos e de fracasso, o país realizou eleições bem-sucedidas para um Congresso Nacional Geral, que incluiu candidatos de diferentes origens regionais e políticas, enquanto a livre expressão e a atividade cívica aumentaram\", disse o relatório.

Com AP


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