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Presidente da Colômbia, Santos, diz que libertados pelas Farc passam bem

Presidente,Santos, diz que libertados pelas Farc passam bem

Atualizado: Terça-feira, 3 Abril de 2012 as 2:45

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, informou nesta terça-feira que os dez policiais e militares libertados na segunda-feira pelas Farc passam bem e reiterou que valoriza este gesto da guerrilha, mas precisa de "provas mais confiáveis" para iniciar um diálogo.

"O laudo médico mostra que estes soldados e policiais estão muito bem de saúde (...), estão fazendo os exames médicos para confirmar o que nos disseram, que se sentem bem de corpo e alma", disse o presidente em uma breve mensagem à imprensa no Hospital Central da Polícia Nacional.

Santos visitou neste centro médico os seis policiais que as Farc entregaram na segunda-feira a uma missão humanitária em uma cidade sobre o rio Guaviare (sudeste) e anteriormente tinha ido ao Hospital Militar para ter notícias dos quatro soldados também libertados.

O presidente disse se sentir orgulhoso dos militares e explicou que eles lhe contaram sobre "o tratamento muitas vezes desumano e as enfermidades que sofreram" durante os mais de 12 anos em que estiveram presos.

"Disseram que estão prontos para continuar combatendo, isso enche a todos os colombianos de orgulho pelas nossas Forças Armadas", disse Santos, que mostrou uma caneta com um estojo feita por um dos libertados.

Esta libertação unilateral por parte das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc, comunistas) "é um passo que valorizamos em sua dimensão, (mas) não é suficiente. Queremos demonstrações mais confiáveis da boa vontade para encerrar este conflito", afirmou Santos. "Tomara que sejam os últimos sequestrados das Farc e que cumpram a palavra de não voltar a sequestrar nunca mais", acrescentou.

Recentemente, as Farc têm apresentado uma proposta de diálogo direto ao presidente Santos e anunciaram sua renúncia ao sequestro de civis com fins de financiamento. O presidente condicionou sua aceitação a um diálogo com a guerrilha à libertação de todos os sequestrados civis e ao fim dos atentados e do recrutamento de menores.

Em fevereiro, completou-se dez anos do último - e fracassado - plano de paz do governo colombiano com as Farc, a guerrilha mais antiga da América Latina, com quase meio século de luta armada e que atualmente teria cerca de 9 mil combatentes, segundo números oficiais.

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