CURITIBA - Onze presos da Operação Lava-Jato começaram a ser transferidos da Superintendência da Polícia Federal para o Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, na manhã desta terça-feira. Os detentos saíram da PF em um ônibus por volta das 8h10m. O lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, e que também teve a transferência autorizada pelo juiz Sérgio Moro, deve permanecer mais um dia na carceragem da PF, pois tem uma audiência nesta amanhã.
Nestor Cerveró não será transferido porque recebe assistência psicológica na carceragem da PF. O empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC, também continua na superintendência por determinação do Ministério Público Federal (MPF). Também continuam na carceragem: o doleiro Alberto Youssef, Dalton dos Santos Avancini e Eduardo Leite. E ainda as condenadas Nelma Kodama e Iara Galdino.
A unidade penitenciária, a 20 quilômetros de Curitiba, recebe presos com ensino superior, acima de 60 anos e os que precisam de tratamento psiquiátrico e ambulatorial. A determinação do juiz atende a pedidos da Polícia Federal, que vinha alegando que a carceragem da PF estava superlotada.
A Secretaria de Segurança Pública do Paraná disponibilizou uma ala no Complexo Médico Penal de Curitiba para abrigar os presos, que ficarão longe dos demais presos do local. Segundo a PF, os presos terão espaço até melhor do que dispunham na carceragem da PF.
Os empresários e executivos vão ficar em quatro celas, com três camas em cada, em uma ala para presos com ensino superior. Eles vão usar o uniforme cedido pelo Departamento de Execução Penal do Paraná (Depen). Vão comer marmita igual a que é servida aos 681 presos e dividir banheiro. E terão um hora de banho de sol e 2h30m de visita no fim de semana.