“Uma das minhas médicas me mandou uma mensagem pelo Facebook, avisando que o exame deu negativo. Na mesma hora, ‘printei’ a conversa na tela do celular e saí mandando para todo mundo”. Foi assim que a estudante Caroline Pequine, de Praia Grande, no litoral de São Paulo, recebeu a notícia que mudaria sua vida. Após enfrentar um rigoroso tratamento contra a leucemia, ela foi surpreendida mais uma vez ao saber que está curada. Após vencer a batalha contra a doença, ela já traçou uma nova meta e quer ser modelo.
A estudante passou pela quimioterapia, fez transfusões de sangue e tomou vários medicamentos. Ela confessa ter pensado que o processo seria mais doloroso. “Não foi muito legal, mas achei que seria pior. Até que foi tranquilo”, diz Caroline. Na terceira fase do tratamento, ela controlará a doença com remédios durante dois anos. Apenas os efeitos colaterais a impedem de continuar a sua rotina. “É melhor do que antes, mas tenho alguns efeitos. Acredito que eles diminuam com o tempo e eu possa retornar”, comenta a estudante, que por hora, está fazendo em casa os trabalhos da faculdade.
(Foto: Arquivo Pessoal / Caroline Pequine)
Vaidosa de carteirinha, enquanto lutava contra a doença, Caroline transformou a beleza em sua aliada. A estudante mantém um blog onde escreve sobre o tema e também sobre moda, além de contar sua história. Além disso, ela possui uma página no Facebook que já acumula mais de 6 mil seguidores. “Eu conheci bastante gente pela internet, de vários lugares. A gente troca experiências”, conta. A estudante aprendeu diversas maneiras de usar os lenços pelo mesmo canal. “Pesquisando, achei pessoas que ensinavam e comecei a usar. Então, começaram a me perguntar como era, e eu resolvi ensinar também”, explica.
Recentemente, ela também foi convidada para fotografar usando os modelitos de uma loja de roupas da região. “Eu sempre gostei de fotografar, mas fazia amadoramente. As pessoas me perguntavam por que eu não me tornava modelo, mas nunca achei que isso fosse para mim. Agora estou me vendo de outra forma. Quem sabe?”, completa a estudante.
