A cidade de São Paulo registrou nesta quinta-feira (5) o dia mais chuvoso do ano, de acordo com dados do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), da Prefeitura. Até as 19h, a média pluviométrica foi de 34,4 mm, contra 29,8 mm registrados em 7 de janeiro.
Choveu até agora 51,5 mm em fevereiro, ou 24% da média histórica esperada para o mês, de 214 mm. As regiões mais atingidas pela chuva desta quinta foram São Miguel Paulista (91 mm), Santo Amaro (68,1 mm), Campo Limpo (66,6 mm) e Ermelino Matarazzo (51,1mm). Em janeiro, a cidade não atingiu a chuva esperada para o mês. O acumulado foi de 156,2 milímetros, enquanto a média histórica é de 260 mm.
O meteorologista do CGE Adílson Nazário disse que, pelas imagens de satélite, foi possível observar chuva nesta quinta em todas as represas dos sistemas que abastecem a região metropolitana. “Conforme o monitoramento, esse dia está sendo bom para todos os reservatórios. Tivemos um banho geral em todas elas (represas)."
O CGE observou chuva moderada a forte na região do Cantareira durante a tarde. Mais cedo, a precipitação foi mais forte na área do Sistema Alto Cotia. O impacto da chuva nos sistemas só será conhecido no próximo boletim da Sabesp. As atualizações são divulgadas todos os dias às 9h.
Nazário adianta que a chuva não resolve a crise hídrica porque ela não deve continuar nos próximos dias – no fim de semana, volta a previsão de pancadas isoladas típicas de verão. “Não vai resolver problema nenhum porque não vai ter uma sequência. O ideal é esse tipo de chuva, constante, não precisa ser forte, mas que abrange todo o sistema por um tempo”, explicou.
Cantareira estável
Após subir por dois dias, o nível do Sistema Cantareira ficou estável nesta quinta-feira (5), segundo dados divulgados pela Sabesp nesta manhã. O conjunto de represas responsável por abastecer 6,2 milhões de pessoas opera com 5,2% da capacidade.
A chuva tem ajudado o sistema a evitar quedas desde terça-feira (3). A precipitação registrada no sistema em fevereiro chega a 54,8 mm, o equivalente a 27,5% do total esperado para o mês. Segundo a Sabesp, chove nas represas todos os dias desde 31 de janeiro.
Outros quatro sistemas que abastecem a Grande São Paulo aumentaram o nível de armazanamento de água nesta quarta: Alto Cotia, Rio Claro, Rio Grande e Guarapiranga. O Alto Tietê, que opera com 11% e é considerado outro foco de preocupação na crise hídrica, manteve seu nível nesta quinta.
Confira o níveis dos sistemas que atendem a Grande São Paulo:
Cantareira: manteve-se em 5,2%;
Alto Tietê: manteve-se em 11%;
Guarapiranga: subiu de 47,9% para 48,1%;
Alto Cotia: subiu de 28,4% para 29,1%;
Rio Grande: subiu de 74,8% para 75,1%;
Rio Claro: subiu de 29,8% para 30%.