A Polícia Metropolitana de Tóquio, no Japão, prendeu na semana passada seis homens acusados de obter 21 milhões de ienes (cerca de R$ 550 mil) em um esquema envolvendo uma praga digital para celulares equipados com o sistema operacional Android, do Google.
O vírus roubava informações do celular e exigia um pagamento de 99.800 ienes (cerca de R$ 2550). A informação é do jornal japonês "Daily Yomiuri". O aplicativo era baixado pelas vítimas em um site de conteúdo adulto chamado "New", criado pelo grupo. Na página, o software era anunciado como um reprodutor de vídeos.
Uma vez instalado, o aplicativo roubava informações do celular, como números de telefone e endereços de e-mail, e as enviava para um servidor controlado pelos criadores da praga. Em seguida, o programa passava a exibir uma mensagem afirmando que a vítima tinha uma "fatura não paga".
O aviso voltava a aparecer mesmo após ser fechado. De acordo com a polícia japonesa, 211 pessoas pagaram a quantia solicitada. O golpe estava no ar desde o dia 30 de dezembro de 2011 e 9.252 pessoas teriam feito o download do aplicativo.
É o primeiro caso de prisão envolvendo uma praga digital para o sistema de celulares Android no Japão, e, segundo o blog "Mobile Workhorse", do site da revista CIO, provavelmente o primeiro no mundo.
Executivos envolvidos
De acordo com o jornal "Daily Yomiuri", entre os homens presos estavam dois executivos do ramo de tecnologia cujos nomes não foram divulgados. Um terceiro, Chitoru Manago, de 45 anos, também já foi executivo de uma empresa da área.
Manago teria sido o responsável por abrir a empresa responsável pelos "negócios" do esquema. Os outros dois acusados são Kazunori Makita, 27, que seria o idealizador do golpe, e Hiroki Koyama, 53, responsável pela programação do vírus.