Escolher uma profissão é um processo complexo. Não há uma resposta simples e direta. Você é quem deve construir esta resposta.
No entanto, tentar escolher a carreira “arriscando” algum curso ou apenas se apoiando em testes vocacionais não resolverá sua questão.
Os testes vocacionais auxiliam o processo de escolha. No entanto, devem ser encarados como ponto de partida, não o de chegada. Esses testes apontam “quem você é”, e não “quem você deseja ser” — sendo que, sua escolha, poderá interferir em seu futuro.
Você já fez essa reflexão, sobre quem deseja ser, que assuntos ou temas você gostaria de ter como centrais em sua vida e que tipo de relação gostaria de manter com as outras pessoas a partir de seu trabalho?
Um dos “sintomas” fundamentais da profissão certa é a atração para o aumento da motivação, o que pode compensar remunerações não tão atraentes, bem como permitir que uma pessoa desponte nesta profissão e receba rendimentos maiores que a média de seus profissionais.
Outra variável central no processo de escolha é a identificação dos valores que você carrega consigo e que deseja ver efetivados em sua profissão. Estes valores variam de pessoa para pessoa. Há aquelas cuja expectativa de remuneração é superior a todos os outros. Outras priorizam o envolvimento com o pensamento científico, a expressividade, o auxílio às outras pessoas ou com as atividades de organização e gerência.
O processo de identificação da carreira depende de sua reflexão sobre todas as questões que ela envolve, e indagações que você mesma deve responder.
Observe todo o universo das profissões possíveis. Comece por pesquisar a descrição de cada uma delas e descarte aquelas que estão bem longe de seus interesses. Reflita sobre sua história pessoal, quais valores vocês traz consigo, que experiências foram positivas ou trouxeram desafios que você deseja superar, que contatos com profissões você já teve e como você os avalia.
Busque também se informar sobre as variações da economia, os projetos políticos em jogo, o desenvolvimento de novas tecnologias e as formas de vínculo trabalhista que existem. Imagine os ambientes de trabalho, as rotinas, o tipo de relações com outras pessoas que as profissões estabelecem e a que objetivos sociais elas se destinam.
Depois de refletir sobre você mesma, sobre a realidade do trabalho em nossa sociedade e sobre as profissões (o que exige muita pesquisa), haverá um momento em que você terá que tomar um “ato de coragem”. Mas agora serão riscos conscientes, que você enfrentará com mais confiança.