Dicas simples para entender o rótulo dos alimentos

Saber as indicações nutricionais dos rótulos é essencial para uma alimentação equilibrada.

fonte: Guiame

Atualizado: Quinta-feira, 22 Junho de 2017 as 9:21

Saber as indicações nutricionais dos rótulos é essencial para uma alimentação equilibrada. (Foto: Reprodução)
Saber as indicações nutricionais dos rótulos é essencial para uma alimentação equilibrada. (Foto: Reprodução)

Embora as indicações nutricionais dos rótulos sejam informações essenciais para uma alimentação equilibrada, 50% dos brasileiros não costumam ler as tabelas nutricionais dos produtos. Entre aqueles que leem, 3% afirmam não entender o que significa cada item.

Segundo a médica Daniela Gomes, nutróloga do Hospital do Coração, a dica é observar a ordem em que aparecem os ingredientes. A tabela destaca os produtos em ordem de proporção, ou seja, o primeiro da lista é o que apresenta maior quantidade.

Se o açúcar for o primeiro da lista, por exemplo, significa que na composição do produto há mais deste ingrediente. No caso dos alimentos integrais, nem sempre a farinha integral é o primeiro item da lista. A maioria tem a farinha branca em maior quantidade.

Hoje as informações das tabelas nutricionais são regulamentadas por leis, mas os termos técnicos e a necessidade de fazer algumas contas ainda são algumas barreiras que tornam mais difíceis o entendimento na hora de comprar um produto.

“Muitos produtos indicam 0% de gordura trans quando há uma quantidade de até 0,2g desta gordura por porção”, observa Dra. Daniela. “A única forma de se certificar é verificar se os termos ‘gordura hidrogenada', 'óleo vegetal parcialmente hidrogenado', 'óleo de milho hidrogenado', etc. são mencionados nos rótulos”.

Entenda a tabela

Abaixo, confira as dicas da nutróloga para entender o que significam alguns dos principais itens obrigatórios na tabela.

Valor energético: são as calorias. Até 40 kcal por porção é considerada baixa densidade calórica, de 100 a 399 moderada, e acima de 400 alta densidade calórica.

Carboidratos: o ideal é que sejam evitados alimentos que contenham açúcares simples como açúcar, açúcar invertido, xaropes, farinha refinada, mel, etc.

Proteínas: alimentos com maior teor de proteína, essencial para a construção e manutenção dos músculos, proporcionam maior saciedade. Para que seja considerado fonte de proteína, deve ter, no mínimo, 6g por porção.

Gordura total: refere-se à soma de todos os tipos de gordura encontrados em um alimento. Alimentos com baixo teor são aqueles com até 3g por porção.

Gorduras saturada e trans: a gordura saturada está presente em alimentos de origem animal, e seu consumo deve ser moderado – em grandes quantidades aumentam os riscos de desenvolver doenças cardiovasculares. São considerados com baixo teor os produtos que tiverem até 1,5g por porção. Já a trans é uma gordura industrializada e não possui valores diários (representados pela sigla % VD) indicados, pois seu consumo não é recomendado.

Sódio: encontrado, principalmente, em salgadinhos de pacote, molhos prontos, embutidos, etc.. Alimentos que contém mais de 20% VD em sua composição são considerados excesso de sódio e devem ser evitados.

Fibras: para ser considerado fonte de fibras, um alimento tem de conter, pelo menos, 2,5g por porção. Mesmo que o rótulo mencione “integral” ou “contém fibras” é importante verificar a quantidade deste nutriente.

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