O parto humanizado é um processo em que toda atenção está voltada à gestante e ao bebê. O procedimento visa desconstruir a ideia de que o parto é algo doloroso ou quase insuportável para mulher e o transforma em uma experiência única, saudável, instintiva, entendido como um ato fisiológico e natural.
Embora não seja muito divulgado pelos hospitais, o parto humanizado é um direito adquirido por lei e apregoado pela Organização Mundial de Saúde e pelo Ministério de Saúde. O médico ginecologista e obstetra, Dr. Alberto Guimarães, precursor do Programa “Parto Sem Medo”, esclarece alguns mitos e verdades que envolvem o procedimento:
1. A recuperação do parto humanizado é melhor que os partos habituais.
VERDADE. A recuperação do parto humanizado é melhor do que o habitual. Em geral, não é realizada a episiotomia (técnica de corte na região do períneo para facilitar saída do bebê) e, portanto, a parturiente consegue sentar de maneira mais fácil, além de levantar e tomar banho. E ainda consegue amamentar mais rapidamente;
2. Existem tentativas para a proibição de doulas na hora do parto. Elas podem atrapalhar o evento.
MITO. Uma doula experiente torna-se “invisível” na sala de parto e garante que a mulher seja a protagonista absoluta do momento. A doula não tem nenhuma função clínica e sim, presta apoio emocional e físico à mulher;
3. É possível uma cesárea humanizada.
VERDADE. Muitos dizem que um Parto Humanizado é só aquele que se faz à moda antiga. Se trabalharmos o conceito de Parto Humanizado, a cesárea, desde que seja necessária, também pode ser realizada de forma humanizada. Deixar o marido acompanhar o procedimento e retirar aquele pano que separa a paciente do bebê, por exemplo, são medidas que podem ser tomadas em uma cesárea para deixá-la mais humana possível;
4. O PH não é indicado para todas as gestantes.
MITO. É indicado para todas as futuras mamães, desde que, durante o pré-natal e o acompanhamento da gestação, a mulher não tenha nenhum problema de saúde. Quando falamos em Parto Humanizado, a maioria das pessoas imagina que o método seja apenas um parto natural/normal. Uma cesariana com indicação obstétrica também pode ser humanizada, isto é, algumas práticas podem ser incorporadas no sentido de se respeitar o contato da pele entre a mãe e o neném, além de procedimentos como o corte tardio do cordão, que podem fazer toda a diferença depois do nascimento.