Nunca é cedo demais para ensinar bons hábitos alimentares

Nunca é cedo demais para ensinar bons hábitos alimentares

Atualizado: Segunda-feira, 9 Fevereiro de 2009 as 12

Criança adora uma guloseima, mas cuidado para não deixar o seu filho exagerar. Bons hábitos alimentares se aprendem desde cedo e na base da insistência. Ele não aceita a cenoura e faz cara de nojo para a banana? Continue tentando. Ofereça outras opções e lembre-se - é muito mais difícil ensinar um adulto a comer direito!

"O segredo é variar. Se a criança não gosta de maçã, por exemplo, ofereça outra fruta", ensina a nutricionista Mariana Del Bosco Rodrigues. "Só é problema quando eles não gostam de nada".

O paladar infantil é muito peculiar. Crianças tendem a preferir os sabores mais primários: ou os muito doces, ou os muito salgados, sem meio-termo. A ciência explica essa predileção. Instintivamente, desde bebês, entendemos o doce como fonte de energia e evitamos o azedo e o amargo como forma de proteção contra alimentos estragados.

Estímulo é tudo!

Com o tempo e, principalmente, com a experimentação, aprendemos a apreciar os sabores mais delicados e ficamos menos tolerantes ao excesso de sal e açúcar. Mas o contrário também acontece. Quando a criança não tem estímulo para testar novas nuances, ela não consegue gostar de nada diferente. Por essa razão, dar o exemplo é fundamental.

"O filho se espelha na alimentação dos pais. Isso é natural", explica Mariana.

Ou seja, não adianta querer que a criança se alimente bem se no prato dos adultos ela não vê mais arroz, feijão, saladas e carnes magras.

Dieta na infância deve ter frutas, vegetais e leite

Sem comer direito, além de correr o risco de ficar obesa, a criança também pode ficar desnutrida, o que leva a complicações como atraso no crescimento, distúrbios circulatórios e infecções. Para evitá-las, toda criança deve ingerir diariamente carboidratos, proteínas, vitaminas, minerais e até gorduras em quantidades adequadas.

"A dieta na infância deve ter frutas três vezes ao dia, vegetais no almoço e no jantar e derivados de leite", afirma Mariana.

Para treinar o paladar dos filhos, vale até "disfarçar" aqueles alimentos menos simpáticos em suflês, tortas ou sopas - e depois, com muito tato, revelar os ingredientes da receita. E é fundamental condicionar a criança a comer o que está servido na mesa. Nada de ceder a chantagens para fazer com que o seu filho coma.

"Deve-se criar um ambiente de comida saudável e deixar as guloseimas para as festas e fins de semana", ensina a nutricionista. "No fim, a família inteira acaba passando por uma reeducação alimentar".

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