Qual o melhor tratamento para a Síndrome dos Ovários Policísticos?

Em resposta a uma leitora do VivaBem, especialista fala sobre o tratamento dos ovários policísticos.

fonte: Guiame, com informações de Viva Bem

Atualizado: Quinta-feira, 8 Março de 2018 as 8:50

A Síndrome dos Ovários Policísticos é a doença endócrina mais comum entre mulheres. (Foto: Brunna Mancuso/VivaBem)
A Síndrome dos Ovários Policísticos é a doença endócrina mais comum entre mulheres. (Foto: Brunna Mancuso/VivaBem)

"Eu tenho SOP e minha ginecologista sugeriu que eu tomasse anticoncepcional para amenizar os sintomas. Esse é o único jeito de tratar o problema?"

A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) é a doença endócrina mais comum entre mulheres em idade reprodutiva. Por ser crônica, seu tratamento é sintomático e muda de acordo com cada paciente, mas não necessariamente deve ser feito com anticoncepcionais.

O primeiro e mais efetivo método para tratar a SOP é uma mudança de estilo de vida. Como o ganho significativo de peso piora a síndrome, alimentar-se bem e fazer atividades físicas revertem muitos dos sintomas.

Entretanto, dependendo do sintoma mais prevalente (que pode incluir alterações menstruais, aumento de pelos no rosto seios e abdômen, obesidade, acne e infertilidade), o médico pode indicar o uso de anéis vaginais, implantes cutâneos, indutores de ovulação ou medicamentos que controlam os possíveis causadores, como a resistência à insulina — estudos mostram que mulheres com SOP têm algum grau desse problema, e por essa razão os sensibilizadores de insulina como a metformina ou até a vitamina B são estratégias não-hormonais para tratamento da síndrome. Estatinas para controlar o colesterol elevado e procedimentos para reduzir o excesso de pelos também podem ser indicados.

Apesar de o anticoncepcional ser recomendado para regular a menstruação e os hormônios, mulheres que não pretendem usar a pílula por causa de seus efeitos colaterais podem optar por outros tratamentos, basta conversar com o médico e definir a melhor maneira de controlar os sintomas.

Fontes: Carlos Alberto Politano, membro da Comissão de Anticoncepção da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia); Domingos Mantelli, ginecologista e obstetra.

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