Marca registrada do Rio de Janeiro, cartão postal conhecido no mundo todo, é a montanha despida de vegetação em sua quase totalidade. Conhecido como morro do Pão de Açúcar. Um bloco único de uma rocha que sofreu alterações por pressão e temperatura e possui idade superior a 600 milhões de anos.
Um projeto audacioso e visionário. Construir um caminho entre dois morros da enseada da Baía de Guanabara. O primeiro trecho ligou a praia Vermelha ao Morro da Urca, inaugurado em 1912. Com capacidade para 22 pessoas, era feito de madeira e sustentado por apenas um cabo de aço. O segundo trecho foi finalizado um ano depois, onde ligaria o primeiro percurso ao morro do Pão de Açúcar.
No dia 27 de Outubro, essa grande maravilha natural, patrimônio histórico da humanidade, completa 100 anos. O idealizador, engenheiro Augusto Ferreira Ramos, buscava uma ideia para crescer o turismo da cidade. Quando recebeu apoio do governo e capital, fundou a Companhia Caminho Aéreo Pão de Açúcar, a mesma que administra o local até hoje.
O percurso que teve seu recorde de visitas ano passado, pode ser feito em uma versão mais aventureira. A trilha tem início pela pista Claudio Coutinho. Flora típica, micos, pássaros de diferentes espécies, uma escalada para pessoas quem tem um preparo físico para esse tipo de aventura.
O complexo todo tem duas salas de comando de máquinas, ambas no primeiro morro, o da Urca. Com três geradores caso falte energia, motor principal e substitutivo. Um sistema de resgate desde 1972, onde o carro pode seguir pelo cabo de aço e tirar sete passageiros por mês. O grupo de manutenção tem em média de 48 funcionários e o de operações tem 50.
Em seu centenário, bondinho do Pão de Açúcar será submetido a uma reforma de R$6,1 milhões.
Poucos sabem que há espalhados por todo o local, incluindo os dois morros, 15 botões vermelhos estrategicamente posicionados, mas fora da visão dos turistas.
Ao acionar esses botões, o funcionamento dos bondes é paralisado na hora. Em uma das salas de comando, Pellegrini conta que nunca foi preciso apertar o botão de emergência. “Mas garanto que funciona. Nos testes de simulação que fazemos, conseguimos detectar qualquer problema que porventura possa surgir”, diz.
São raros acidentes no ponto turístico. Não há registro algum de vitimas fatais nestes 100 anos de funcionamento. Um fato histórico marcante ocorreu em 1935, durante a Intentona Comunista, onde uma bala de canhão atingiu as estações, que acabaram fechando por vários dias. Um acontecimento que teve repercussão mundial foi, no dia 22 de Outubro de 2000, que o cabo se rompeu e vários turistas ficaram presos no teleférico por horas, mas ninguém se feriu.
A reforma além de ser feita para melhorar o ambiente para os turistas, será pelos eventos que estão se aproximando da agenda turística do Brasil, Copa do Mundo e Olimpíadas.
Com informações e fotos de Ig e Bondinho