Mergulhar em águas cristalinas é sem dúvida uma das emoções preferidas de qualquer turista. E quando a emoção é mergulhar ao lado de um aeroporto? É o caso da ilha de St. Marten, coladinha com o aeroporto Princess Juliana, no Caribe.
O brasileiro Daniel Botelho, que fez uma série de fotos onde mostram os aviões sobrevoando a ilha do ponto de vista de quem está debaixo d´água.
Ele fez uma série de fotos que mostram os aviões sobrevoando a ilha do ponto de vista de quem está debaixo d´água.
Daniel colocou a câmera com metade da lente dentro da água e metade do lado de fora. O equipamento que ele usa inclui uma caixa estanque, que permite vedar a máquina fotográfica e tirar fotos aquáticas.
O fotógrafo que mora no Rio de Janeiro passou um mês na ilha caribenha entre agosto e setembro, conta que obter esse efeito foi mais difícil do que imaginava devido à velocidade das aeronaves. “Acho que foi a coisa mais rápida que já fotografei. Só se compara a uma águia pescadora africana que cliquei caçando peixes num voo rasante”, relata ele, que tem experiência em registrar tubarões, baleias e outros animais aquáticos.
Ele já havia realizado um trabalho parecido em Fernando de Noronha. “Mas do lado de fora o que havia era montanhas, e montanhas ficam paradas. Já os aviões passam a 300, 350 km por hora”, diz.
Além da velocidade dos aviões, Botelho teve que levar em conta outras variáveis, como o clima, a transparência da água no dia, a presença ou não de ondas e a posição da modelo que posou para as imagens. Eram necessários vários testes antes de que cada avião passasse – o aeroporto recebe cerca de cinco aeronaves por dia, algumas de pequeno porte. “Acabei decorando o quadro de chegadas do aeroporto. Quando estava para pousar ou decolar um avião eu já ficava nervoso”, lembra ela em tom de riso.
Embora a ilha Maho não seja considerada ideal para turismo por conta do barulho dos aviões, recebe um número grande de visitantes na areia para observar os aviões voando baixo por lá – especialmente os maiores.
“É impressionante. Vão pessoas até de outras ilhas para ver. A curtição é ver o avião chegando e, quando ele vai decolar, se segurar na grade em volta da pista para sentir o vento da turbina. Tem placas alertando para não fazer isso, mas as pessoas vão”, conta Botelho.
Ele ainda diz que, St. Maarten é um bom lugar para quem procura vida noturna agitada e boa infraestrutura turística. Não é muito a sua praia, já que ele prefere lugares mais selvagens. A ligação do fotógrafo carioca com o mar vem desde criança. “Na minha infância estava sempre mergulhando ou fazendo snorkeling. Tenho necessidade de me conectar com a natureza. Na água eu me sinto no meu meio”, diz.
com informações de: G1