
É claro que a Bíblia educa as pessoas à respeitarem seus líderes, a honrarem suas vidas, não há dúvida de que eles merecem toda nossa confiança, enquanto estiverem com sua vida submetida à Palavra de Deus. Enquanto a verdade, coerência, a honestidade, a pregação imparcial das Escrituras, e a vida digna de um líder, forem suas companheiras.
Nunca nenhum apóstolo ou líder da igreja do primeiro século apelou para qualquer imunidade de função ou unção, pelo contrário, a admoestação de um líder deveria ser pública como afirmou Paulo para Timóteo. (1Tm 5:19-20).
Todo texto tem seu contexto, e sabemos que Davi não quis tocar em Saul, porque confiava que Deus era o seu justificador, e não porque Saul não merecesse o confronto. Davi como líder de um pequeno grupo, foi sábio para não incitar seus homens contra Saul, contra o Rei, aquilo podia gerar a morte daqueles homens naquele contexto, pois Davi sabia que a hora dele estava chegando, uma vez que a vida de Saul estava baseada no pecado e no distanciamento de Deus. O próprio Davi afirma que Deus o vingaria e tomaria conta daquela situação. (1Sm 26:9-10).
Não vemos Pedro ou Paulo, diante de tantas provações e humilhações se utilizarem deste famoso bordão: “Não toquem no meu ungido, diz o Senhor!”, porque possuíam argumentos e testemunhos suficientes para calar a boca de seus críticos e confrontadores.
Como pastor, já recebi inúmeras críticas, e ainda recebo hoje. As pessoas possuem o direito de criticar, mas eu jamais vou apelar para o medo ou a intimidação com: “Cuidado! Não toque no ungido de Deus!” - minha vida, trabalhos, valores, atitudes e constância provarão isso, nada mais.
Entretanto, o firme fundamento de Deus permanece inabalável e selado com esta inscrição: "O Senhor conhece quem lhe pertence" e "afaste-se da iniqüidade todo aquele que confessa o nome do Senhor". (2 Timóteo 2:19)
A Ele toda a Glória!
- Pr. Bruno dos Santos