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O poder do ‘jejum de Ester’ e a Festa do Purim

Série Reflexões.

fonte: Guiame, Cris Beloni

Atualizado: Quinta-feira, 26 Setembro de 2024 as 2:31

(Ilustração: Seaart)
(Ilustração: Seaart)

Ao ler o livro de Ester, percebemos que a rainha jejuou e pediu para todo o povo de Israel jejuar com ela. Estamos falando de um jejum radical que só deve ser feito, no máximo, durante 3 dias. O jejum total de alimento e bebida pode ser prejudicial à saúde se durar muito tempo.

Segundo a Bíblia, o jejum faz parte das disciplinas espirituais, sendo um exemplo da nossa fé em ação. Não se trata de “passar fome”, mas de “ter fome de Deus”. Na ocasião em que o povo estava prestes a sofrer um verdadeiro holocausto na Pérsia, organizado por Hamã, o povo buscou a Deus através do jejum.

Vale lembrar que o extermínio ao povo judeu iria acontecer porque Mardoqueu não se prostrou a Hamã, isso porque um judeu só se prostra diante do Deus Altíssimo.

O que o jejum faz?

Nem todos compreendem o poder do jejum por falta de prática, mas ele tem o poder de anular as forças demoníacas. No caso da Rainha Ester, o jejum teve o poder de frustrar um decreto irrevogável. Relembre aqui:

“Todos os oficiais do palácio real curvavam-se e prostravam-se diante de Hamã, conforme as ordens do rei. Mardoqueu, porém, não se curvava nem se prostrava diante dele”. (Ester 3.2)

“Quando Hamã viu que Mardoqueu não se curvava nem se prostrava, ficou muito irado. Contudo, sabendo quem era o povo de Mardoqueu, achou que não bastava matá-lo. Em vez disso, Hamã procurou uma forma de exterminar todos os judeus, o povo de Mardoqueu, em todo o império de Xerxes”. (Ester 3.5-6)

O argumento de Hamã diante do rei foi o seguinte: o povo disperso e espalhado entre as províncias é estranho e possui costumes diferentes, além de não seguir as leis do rei da Pérsia. Por esse motivo, o tal povo deveria ser eliminado.

Isso nos faz lembrar exatamente do que ocorre com os cristãos perseguidos ao redor do mundo, desde os tempos antigos até hoje. Nós, cristãos, temos outra cultura e não seguimos a lei da Babilônia — palavra que simboliza os valores mundanos.

O desejo de eliminar judeus ou cristãos faz parte da realidade do Anticristo. Nos tempos de Ester, o decreto para exterminar Israel foi confrontado com jejum e oração. O resultado foi a morte de Hamã no lugar de Mardoqueu e um novo decreto que deu aos judeus a permissão de eliminar seus inimigos.

Só na província de Susã, foram mortos 800 inimigos de Israel e os 10 filhos de Hamã e mais 75.000 inimigos que estavam espalhados pelas 127 províncias. O que significava morte para Israel foi revertido em vida e vitória.

“Sua tristeza tornou-se em alegria, e o seu pranto, num dia de festa”. (Ester 9.22)

Festa do Purim

O dia do livramento do povo de Israel deu início à Festa do Purim. “Pur” quer dizer “sorte” e Purim é a palavra hebraica no plural. Hamã lançou “sortes” para determinar o dia que iria aniquilar o povo judeu.

No final das contas, ele mesmo morreu na própria forca e sua família foi “apagada do mapa”, exatamente o que ele queria fazer com Israel.

Até os dias de hoje, os judeus comemoram a festa do Purim, como o dia mais alegre do calendário judaico. Enquanto os judeus comemoram sua liberdade em Deus, nós cristãos, celebramos nossa vida em Jesus Cristo, que nos resgatou, libertou e transformou mal em bem, maldição em bênção, trevas em luz. Temos muito o que comemorar!

E essa foi a reflexão de hoje. Espero ter tirado sua dúvida e também colaborado para seu crescimento espiritual. Beijo no coração e até a próxima, se Deus quiser!

 

Por Cris Beloni, jornalista cristã, pesquisadora e escritora. Lidera o movimento Bíblia Investigada e ajuda as pessoas no entendimento bíblico, na organização de ideias e na ativação de seus dons. Trabalha com missões transculturais, Igreja Perseguida, teorias científicas, escatologia e análise de textos bíblicos.

*O conteúdo do texto acima é de colaboração voluntária, seu teor é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

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