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Os Pentecostais e a importância em falar em línguas – Parte 3

As experiências pentecostais permanecem atuais porque a Igreja de Cristo continua na Terra para testemunhar as boas novas aos perdidos.

fonte: Guiame, Ediudson Fontes

Atualizado: Terça-feira, 20 Agosto de 2024 as 2:56

(Foto: Unsplash/Matthew de Livera)
(Foto: Unsplash/Matthew de Livera)

No Novo Testamento, a difusão das línguas é nítida nos registros do livro de Atos dos Apóstolos. Há quem argumente que essas manifestações eram apenas sinais para autenticar o selo apostólico da época e, em nossos dias, não há mais necessidade desse tipo de manifestação. No entanto, as línguas são uma manifestação do poder do Espírito Santo que atuou na era apostólica e continua a se manifestar em nossos dias.

Segundo Donald Stamps, "as línguas são uma manifestação sobrenatural do Espírito Santo" (STAMPS, 1997, p. 1631). A Teologia Pentecostal tem como uma de suas características principais a ênfase no sobrenatural.

Em Atos 2, inicia-se o cumprimento da promessa de Deus proferida em Joel 2:28-29. A promessa do derramamento do Espírito Santo também marca a inauguração da Igreja Primitiva. Dr. Stronstad afirma que "a narrativa do Pentecostes é a história da transferência do Espírito carismático de Jesus para os discípulos" (STRONSTAD, 2018, p. 81). Segundo Lucas, autor do evangelho que leva seu nome, ele é reconhecido pelo "evangelho que caracteriza o poder do Espírito Santo no ministério terreno de Jesus". Em Atos, o mesmo autor destaca com a mesma ênfase o poder do Espírito pentecostal nos discípulos. Esse evento foi predito por Jesus em Atos 1:8.

Foi ouvido e visto (Atos 2: 2, 3), demonstrando ter sido uma ação sobrenatural e controlada pelo Espírito Santo (Atos 2:4). Falar em línguas foi sinal do revestimento do poder conhecido como batismo no Espírito Santo. A Declaração de Fé das Assembleias de Deus destaca que "o Batismo no Espírito Santo é uma bênção resultante da obra de Cristo no Calvário" (CGADB, 2017. p. 165). A Declaração de Fé das Assembleias de Deus destaca que "o Batismo no Espírito Santo é uma benção resultante da obra de Cristo no Calvário" (CGADB, 2017, p. 165). Segundo Zwinglio Rodrigues, o objetivo é a "revelação das grandezas de Deus" (RODRIGUES, 2016, p. 39). O batismo no Espírito Santo é uma manifestação do poder para glorificar o Deus da promessa e exercer autoridade em nome de Jesus. Contudo, as manifestações do Espírito não se limitaram a Atos 2.

Nos capítulos 10:44-48 (na casa de Cornélio) e 19:1-7 (entre os discípulos de Éfeso), são claramente evidenciadas manifestações pentecostais ou carismáticas na vida de pessoas fora do contexto de Atos 2.

Também faço menção de Atos 8:14-20, que relata a experiência dos samaritanos. Embora a manifestação das línguas não seja mencionada nesse episódio, Simão ficou impressionado com a maneira como Deus usou Pedro e João. As experiências pentecostais/carismáticas vivenciadas pelos samaritanos são, portanto, legítimas.

O que chamou a atenção de Simão? Segundo Palma, "a única coisa que poderia ter atraído sua atenção era o fenômeno único de falar em línguas" (PALMA, 2018, p. 73).

As experiências pentecostais permanecem atuais porque a Igreja de Cristo continua na Terra para testemunhar as boas novas aos perdidos. Se Deus atuou no passado durante a era apostólica, por que não operaria mais em nossos dias? Deus mudou ou mudaram as formas como interpretamos as Escrituras, muitas vezes influenciadas por uma "hermenêutica incrédula"? Creio que a resposta está na segunda opção.

A bênção de falar em línguas está disponível em nossos dias. Busque e vivencie essa edificação espiritual, sempre lembrando que é para a glória de Deus e não para a glória humana!

Referências Bibliográficas:

CGADB. Declaração de Fé das Assembleias de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

PALMA, Anthony D. O Batismo no Espírito Santo e com Fogo: Os Fundamentos Bíblicos e a Atualidade da Doutrina Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.

RODRIGUES, Zwinglio.  Falar em Línguas – Um Estudo sobre o Fenômeno da Glossolalia. São Paulo: Editora Reflexão, 2016.

STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.

STRONSTAD, Roger. A Teologia Carismática de Lucas: Trajetória do Antigo Testamento a Lucas-Atos. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.

 

Ediudson Fontes é Pastor auxiliar da Assembleia de Deus – Ministério Cidade Santa no RJ. Teólogo. Pós-graduação em Ciência das Religiões. Mestrado em Teologia Sistemática. Professor de Teologia, autor das obras: “Panorama da Teologia Arminiana”, “Reforma Protestante e Pentecostalismo – A Conexão dos Cinco Solas e a Teologia Pentecostal” e “A Soteriologia na relação entre Arminianismo e Pentecostalismo”, todos publicados pela Editora Reflexão. Casado com Caroline Fontes e pai de Calebe Fontes.

* O conteúdo do texto acima é de colaboração voluntária, seu teor é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

Leia o artigo anterior: Os Pentecostais e a importância em falar em línguas – Parte 2

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