Baleia Azul, um suicídio digital, viral e real

O jogo já é uma febre digital entre milhões de jovens, um viral extremamente sedutor para aqueles que estão precisando apenas de um empurrão para o suicídio.

fonte: Guiame, Edmilson Ferreira Mendes

Atualizado: Quinta-feira, 13 Abril de 2017 as 8:17

Jogo da Baleia com desafios. (Foto: Flagrou)
Jogo da Baleia com desafios. (Foto: Flagrou)

Blue Whale, é um jogo que já pode ter matado mais de cem jovens na Rússia. São pessoas que estão colocando um fim em suas vidas após decidirem participar ativamente de 50 desafios reais. Basicamente esta é a regra do Baleia Azul, um jogo que já se tornou um viral na internet no mundo inteiro, e já está chegando no Brasil.

Por trás da tela existe uma pessoa que no jogo é identificada como “curador”, ele comanda o desafio convidando o jovem a participar, uma vez aceitando, o mesmo começa a receber 50 missões todas as madrugadas, sempre às 4h20. As missões começam pequenas, coisas aparentemente simples e inofensivas, coisas como assistir tantas vezes um mesmo filme de terror, ouvir músicas com ritmos e temáticas que colocam a pessoa pra baixo. Ao todo o jogo dura 50 dias e após seguir passo a passo todas as determinações e postar nas redes sociais uma declaração de que cumpriu os desafios, é chegada a missão final: literalmente se matar.

As comprovações referentes aos desafios cumpridos podem ser enviadas para o curador ou publicadas subliminarmente na web. Esta foi a conduta da russa Yulia Konstantinova de apenas 15 anos, que diariamente ia postando pistas que vinha participando do Blue Whale, Baleia Azul, porém as pessoas só perceberam a gravidade das pistas publicadas em sua time line depois que a jovem se suicidou.

O jogo em vários lugares do planeta já é uma febre digital entre milhões de jovens, um viral extremamente sedutor para aqueles que estão precisando apenas de um empurrão para o suicídio. Segundo alguns psicólogos, toda a sequência dos desafios, desde o início com filmes de terror e músicas com letras e ritmos que colocam pra baixo, pessoas depressivas vão simplesmente piorando em seus quadros e consumindo cada desafio obstinadamente. Por exemplo, dizem os especialistas, que até o horário no qual as missões-desafios chegam, sempre às 4h20 é, comprovadamente, o horário que mais acontecem suicídios no mundo, pois na solidão da madrugada, quando os pais dormem, a cidade silencia e o vazio depressivo se impõe, o suicida fica mais vulnerável.

Se é assim tão grave, por que os jovens que participam não saem do jogo? Alguns dizem que quem entra é proibido de sair, que sofre ameaças. Mas existem históricos de jovens que decidiram sair e saíram. O problema é que a maioria não consegue sair. Segundo as autoridades russas, os curadores são certamente pessoas maduras e experientes, pois sempre que um jogador quer parar eles usam os mais variados argumentos de pressão psicológica, colocando no debate itens como covardia, honra, caráter, coragem, independência, liberdade. Aí, como é próprio de jovens que vivem a fase das contestações, dos confrontos, das inquietações e das afirmações, a maioria continua, pois não querem “fugir” dos desafios.

Mesmo com todas as evidências, não existem ainda provas consideradas oficiais na Rússia em relação as mortes confirmadas. Por outro lado, não se pode negar a existência de jogos digitais, virais e bem reais que estimulam o suicídio. Se existem - e existem – é dever nosso, dos jovens, dos pais, dos líderes, dos pastores, dos amigos, enfim, quando digo nosso, me refiro a todo aquele que foi um dia liberto das trevas e foi colocado debaixo da maravilhosa luz de Jesus, é nosso dever estarmos atentos, orientar e prevenir qualquer aparência do mal. Se desconfiarmos de uma mínima possibilidade que alguém do nosso convívio possa estar envolvido com tais jogos é vital ajudarmos rapidamente, afinal, 50 dias passam muito rápido e nossa resposta pode representar a vida ou a morte para alguém.

Irônica e tragicamente, esta geração vai pagando o preço das armadilhas que não consegue evitar. De tão conectada e antenada com todos os avanços que a ciência e a tecnologia oferecem, esta geração na sua maioria se deixou hipnotizar pelas facilidades e seduções da super exposição que os meios de comunicação oferecem. Somos uma geração de cabeças baixas, sempre olhando para a tela de um celular qualquer, queremos postar, conversar, mandar mensagens, vídeos, receber mensagens. Nem que seja apenas para uma centena de pessoas, fotos são produzidas para satisfazer a ilusão de ser uma celebridade. A caça por likes vale qualquer coisa. É uma geração que depende desesperadamente destas mídias para não se sentir rejeitada, ignorada, maldita. Então, fragilmente e indefesa, parte desta geração se expõe para experimentar qualquer coisa, qualquer jogo, qualquer desafio.

A baleia azul está na lista dos animais ameaçados de extinção desde 1960. Também somos animais, porém os únicos que carregam o selo de “racionais”. Mas a cada dia mais irracionalidade é o que se vê entre os homens que foram criados a imagem e semelhança do Criador. O pecado do homem é a grande praga que quer causar a extinção do próprio homem. Não entre em caminhos difíceis de sair. Existe para todos nós um desafio melhor e diário: tomarmos a nossa cruz, negarmos a nós mesmos e seguirmos a Jesus. No dia final deste desafio não terá morte, o que terá é vida. Nunca se esqueça: Deus CURTE tanto você que COMENTOU na Sua palavra todas as promessas que você precisa para uma vida longa e boa ainda aqui e, na expressão máxima do seu amor COMPARTILHOU seu próprio Filho, dando-o ao mundo inteiro, a fim de que todo o que nEle crer não venha a perecer em seus desafios pessoais, mas tenha a vitória definitiva na vida eterna.

 

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