“Eu disse ado-a-ado! Cada um no seu quadrado!”, trecho da música Dança do Quadrado, que fez muito sucesso por aqui. Nessa pandemia, querendo ou não, todos entramos na dança, pois cada um tem sido convocado para se manter no seu quadrado, isolado, em quarentena, mantendo o devido distanciamento.
Precisava ser assim? Quem tem a melhor resposta para o equilíbrio entre saúde-economia-emoção-razão-necessidade-oportunidade? Quem? Faltam respostas seguras, sobram debates pra todos os gostos: respeitosos, calorosos, ofensivos, agressivos, deploráveis, abusivos, injustos, incoerentes, justos, necessários, políticos, racionais.
Bem ou mal. Muito ou pouco. Com ou sem vontade. O dado concreto é que o isolamento chegou, perdura e está aí para ser experienciado, aprendido, vivido. O problema é que surgem exageros levando o conceito de isolamento para atitudes que não deveriam ser atingidas, como por exemplo: a generosidade.
Generosidade não se isola, se vive, se pratica, se doa. O distanciamento já causa transtornos, dores e feridas na comunhão, nos relacionamentos, na saudade que vai crescendo e machucando dia a dia. Se isolarmos também a virtude da generosidade tudo tende a piorar ainda mais.
Provérbios 11:25, na tradução da NVI, diz assim: “O generoso prosperará; quem dá alívio aos outros, alívio receberá.” Belo, real, direto. É um provérbio para qualquer tempo. É uma realidade para ser lembrada e praticada. Quando somos generosos, antes de abençoarmos os outros, nós mesmos já estamos sendo abençoados, pois se forma no interior um senso pacífico de justiça, além de uma satisfação na alma proporcionada pelo Espírito que confirma em nosso coração que, a generosidade, é a coisa certa a ser praticada.
O texto também é bom porque nem toca no tema “dinheiro”, nem sequer define um objeto, uma coisa. Simplesmente diz que o generoso prospera e o que dá alívio, recebe alívio. Portanto, a generosidade se mostra num gesto, numa palavra, num ombro, num tempo para ouvir o outro, numa mão estendida, no enxugar de uma lágrima e, óbvio, em dinheiro, em ajuda material também.
Não isole a generosidade. O que estiver ao seu alcance fazer para abençoar pessoas, faça. Que o amor contagie a todos, a muitos, a milhares, espalhando bênçãos generosas para tantos quantos for possível. Tente, você pode, você consegue!
Edmilson Ferreira Mendes é teólogo. Atua profissionalmente há mais de 20 anos na área de Propaganda e Marketing. Voluntariamente, exerce o pastorado há mais de dez anos. Além de conferencista e preletor em vários eventos, também é escritor, autor de quatro livros: '"Adolescência Virtual", "Por que esta geração não acorda?", "Caminhos" e "Aliança".
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