O nono 11 de setembro, depois dos ataques as torres gêmeas, passou. Do discurso proferido por Barack Obama em seu programa de rádio, destaco o seguinte pensamento: Não nos permitimos ser definidos pelo medo, mas pela esperança.
Definição é algo que tem faltado. Indefinidas e confusas andam as pessoas. São tantas informações, apelos e notícias, que tudo parece convergir para um emaranhado de opções que só causam sustos, tensões, dúvidas.
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Uma rotina assim provoca medo. Com medo saímos às ruas. Com medo aguardamos nossos filhos voltarem para casa. Com medo usamos o caixa eletrônico. Com medo aguardamos o sinal verde. Com medo esperamos o resultado dos exames. Com vários tipos de medo, às vezes justos, às vezes inexplicáveis, sufocamos risos e vamos perdendo, pouco a pouco, a motivação para viver.
Obama está certo. Não podemos permitir que o medo defina as escolhas, os anseios, os relacionamentos e as explicações da nossa vida. É urgente definirmos nossa vida pela esperança. Esperança na comunhão do pão e do vinho. Esperança na graça que se revela surpreendentemente nas pessoas e lugares mais inesperados. Esperança nas reservas de caráter que certamente existem. Esperança no evangelho da cruz, da ressurreição, da parousia. Esperança que crê em meio ao fracasso, ao caos, ao medo.
Medo, eu também tenho e sofro por causa dele. Todavia, desde que Cristo redefiniu as prioridades da minha agenda, o medo também foi redefinido. Ele continua a existir e incomodar; mas a esperança nAquele que me fortalece conquistou a primazia.
Nada disso é papo de escritor. É a única forma que me faz viver em paz. Esta semana, eu e meu filho ficamos a cinco metros de dois bandidos. Meu filho de costas e eu de frente. Armados, poderiam ter atirado, nos levado, sei lá. Tive medo. Mas tive muito mais esperança. Esperança na proteção soberana dAquele que me inunda com o único tipo de amor que lança fora todo medo.
Paz!
pr. Edmilson Mendes
Edmilson Ferreira Mendes é teólogo. Atua profissionalmente há mais de 20 anos na área de Propaganda e Marketing. Voluntariamente, exerce o pastorado há mais de dez anos. Além de conferencista e preletor em vários eventos, também é escritor, autor de quatro livros: "Adolescência Virtual", "Por que esta geração não acorda?", "Caminhos" e "Aliança".
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