Mais de mil árvores caíram na capital paulista em pouco mais de duas semanas, por conta dos ventos de mais de 85 km/h, de acordo com a edição de 2 de fevereiro da Folha de São Paulo.
VENTOS COMUNS - Todos os anos os ventos sopram e levam ao chão inúmeras árvores na maior capital brasileira, mas, mesmo assim, muitos ainda se admiram quando veem ou leem as reportagens sobre o assunto. Lemos na Bíblia que os ventos sopraram com ímpeto contra o ser de Paulo, de Pedro, de João, de Silas, de Tiago... Se fossem postos em livros os nomes de todos aqueles que, mesmo sendo fiéis a Jesus, sentiram a força do vento contra si mesmos, "creio eu que nem no mundo inteiro caberiam os livros que seriam escritos” (Jo 21:24). Ainda assim, quando chega a nossa hora de sentir a força do vento em nosso ser, ficamos surpresos e espantados. Não estranhemos o vento impetuoso que sopra sobre a nossa vida, como se coisa extraordinária estivesse acontecendo conosco (I Pd 4:17). Não existe a menor chance de vivermos nessa terra ainda amaldiçoada por Deus, sem que o nosso ser sinta a ação da força dos ventos.
VENTOS IGNORANTES - Os ventos derrubaram árvores em vários bairros de São Paulo. Não atingiram apenas os bairros pobres e pouparam os ricos. Mas os ventos são assim mesmo. Eles não são seletivos. Não fazem acepção de pessoas. Os ventos são para todos. O que mais nos choca no ensino de Jesus não é ouvi-lo dizer que os ventos sopram contra quem não está nem aí para os ensinos dele. Tem-se a ideia de que se alguém não faz o que o que o Senhor manda, o ventos têm mais é que soprar mesmo. O que choca mesmo é ouvi-lo afirmar, com a maior naturalidade, que os ventos sopram também contra quem cumpre o seu ensino à risca. E, na verdade, eles sopraram primeiramente contra o ser fiel. Aqui está uma verdade esquecida pela geração que convive e que é seduzida pelo outro evangelho, a de que a vida de quem constrói o seu ser sobre o que Jesus diz não está isenta nem livre de sentir a força dos ventos de toda ordem. Jó era “homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal”, e, mesmo assim, “eis que se levantou g
rande vento do lado do deserto e deu nos quatro cantos da casa, a qual caiu sobre eles [os filhos de Jó], e morreram” (Jó 1:19).
VENTOS VIOLENTOS - As imagens das centenas de enormes árvores caídas sobre carros e imóveis na capital paulista revelam o alto poder de destruição dos ventos. No ensino de Jesus, está dito que os ventos “deram com ímpeto” contra as duas casas, a de quem cumpre o que Jesus ensina e a de quem ignora o ensino dele. A palavra “ímpeto” é usada por Jesus para mostrar a força intensa e violenta dos ventos. Muitos brincam com o que não é brinquedo, a própria alma. Não investem nela nem dão atenção a ela. As bases dela não têm nada que seja firme e forte, isto é, que seja capaz de aguentar a força, o tranco e choque dos ventos sem ruir e cair. Só tem areia. E aí quando os ventos chegam com toda a sua força, ela, a alma, não fica em pé. Ela desaba, “sendo grande a sua ruína” (Mt 7:27). E, em muitos casos, essa alma nunca mais consegue sair dos escombros e se construir de novo. Por favor, não seja louco nem tolo: Não brinque com as bases da sua alma. Pior do que perder casa, carro, móveis, jóias, roupas nos ventos, é perder a própria alma, ou seja, perder a si mesmo. Se você perder a si mesmo, aí, sim, estará tudo realmente perdido. A sua alma tem sido erguida em cima do que Jesus ensina e vive de acordo com esse ensino?