Governantes, ouçam a Palavra de Deus!

O descrédito do povo com os políticos é quase absoluto. É tempo dos governantes ouvirem a Palavra de Deus!

fonte: Guiame, Hernandes Dias Lopes

Atualizado: Sexta-feira, 18 Março de 2016 as 5:17

Dilma Rousseff é suspeita de usar de manobras políticas para ajudar Lula a se livrar das investigações da Operação Lava Jato.
Dilma Rousseff é suspeita de usar de manobras políticas para ajudar Lula a se livrar das investigações da Operação Lava Jato.

O Brasil vive um dos momentos mais sombrios de sua história. Há uma crise de integridade que atinge o coração da nação. A corrupção tornou-se endêmica e sistêmica e se infiltrou na vida política de forma contumaz. O descrédito do povo com os políticos é quase absoluto. É tempo dos governantes ouvirem a Palavra de Deus!

Em primeiro lugar, o governante que promove o relativismo moral faz o povo gemer. “Quando se multiplicam os justos, o povo se alegra, quando, porém, domina o perverso, o povo suspira” (Pv 29.2). O perverso é aquele que não leva Deus em conta em suas ações e escarnece de verdade. O perverso aplaude o que Deus reprova e repudia o que Deus determina. O perverso transtorna a sociedade ao conspirar contra os valores absolutos que devem reger a família, estabelecendo em seu lugar o relativismo ético que desemboca na decadência da nação. Estamos assistindo uma inversão de valores em nossa sociedade. Aqueles que deveriam defender os sadios preceitos da ética são os mesmos que a atacam como escorpiões do deserto.

Em segundo lugar, o governante que aumenta impostos para tapar os buracos de seus gastos perdulários transtorna a terra. “O rei justo sustém a terra, mas o amigo de impostos a transtorna” (Pv 29.4). Aqueles que governam são autoridades constituídas por Deus para promoverem o bem e coibirem o mal. Os governantes são diáconos de Deus para servirem ao povo em vez de se servirem do povo. Os governantes devem receber dos governados todo respeito e os governados devem pagar aos governantes tributos. Porém, quando os governantes deixam de ser gestores responsáveis, abrindo a torneira da corrupção e gastando perdulariamente os recursos que deveriam ser investidos na promoção do bem, exigindo mais impostos para cobrir esse rombo, esses governantes transtornam a terra, afligem o povo e tornam-se um flagelo para a nação.

Em terceiro lugar, o governante que está mal assessorado corrompe toda a estrutura do seu governo. “Se o governador dá atenção a palavras mentirosas, virão a ser perversos todos os seus servos” (Pv 29.12). Todo governante é assessorado por pessoas de sua confiança. Se esses assessores são pessoas de caráter disforme, bajuladores mentirosos, que ocultam a verdade, torcem os fatos e aviltam a justiça, esse governante acaba criando uma escola de perversidade e estabelecendo uma cultura de mentira e corrupção em toda a nação. Os governantes precisam ser exemplo de integridade para o povo. Se eles, porém, se tornam repreensíveis, a nação toda é induzida à prática das mesmas perversidades.

Em quarto lugar, o governante que cuida dos pobres e cuja prática da justiça é o avalista de suas palavras tem a aprovação de Deus e o apoio do povo. “O rei que julga os pobres com equidade firmará o seu trono para sempre” (Pv 29.14). Os governantes populistas dizem que lutam pelo povo, mas apenas usam o povo, para desviar os recursos que deveriam atender as necessidades do povo, a fim de se locupletarem e se manterem no poder. As ações dos governantes precisam ser o avalista de suas palavras. Quando os governantes agem com justiça, para defender os direitos daqueles que não têm vez nem voz, ganham com isso, a aprovação de Deus, o apoio do povo e firmam assim o seu governo. A Escritura diz: “O príncipe falto de inteligência multiplica as opressões, mas o que aborrece a avareza viverá muitos anos” (Pv 28.16).

Em quinto lugar, o governante que se rende à corrupção transtorna a sua vida e perde a autoridade para governar. “O que tem parte com o ladrão aborrece a própria alma; ouve as maldições e nada denuncia” (Pv 29.24). Um governante íntegro não negocia princípios e valores. Não se rende à sedução da riqueza ilícita nem à pressão dos poderosos para auferir vantagens. Os governantes que entram em esquemas de corrupção, tornam-se prisioneiros do crime e reféns dos criminosos. Perdem a autoridade para investigar e punir os delinquentes que fazem falcatruas subterrâneas para assaltar os cofres públicos. Aqueles que governam precisam fazê-lo com probidade e lisura, a fim de que a nação erga o estandarte da ordem e do progresso.

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