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Festa dos Tabernáculos: Último dia, o mais importante

Durante a Festa dos Tabernáculos os sacerdotes realizavam várias cerimônias cheias de símbolos e significados.

fonte: Guiame, Joel Engel

Atualizado: Terça-feira, 10 Outubro de 2017 as 11:59

Israel. (Foto: Vamos a Israel)
Israel. (Foto: Vamos a Israel)

No último e mais importante dia da festa, Jesus levantou-se e disse em alta voz: "Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva". (João 7:37,38).

A cerimônia da água

Durante a Festa dos Tabernáculos os sacerdotes realizavam várias cerimônias cheias de símbolos e significados. Saduceus e fariseus nem sempre estavam de acordo e discutiam a respeito da cerimônia das águas que era realizada durante a Festa profetizando ou orando por chuvas.

Os Fariseus acreditavam que depois de fazer suas ofertas, Deus enviaria as chuvas trazendo paz e prosperidade em todos os sentidos, mas os Saduceus, se opunham a esta cerimônia.

Durante os sete dias da Festa eles ofertavam 70 bois, 98 cordeiros, 14 carneiros e 7 bodes no altar do templo. No último dia eles davam sete voltas aos redor das ofertas e depois derramavam água sobre o altar, lavando o sangue das dos animais e profetizavam as chuvas. Elias também fez um Ato Profético que lembra esta cerimônia, pois ele colocou um novilho no altar e derramou água ao redor e Deus enviou as chuvas (1 Rs 18).

Nesta cerimônia em que se derramava água no altar, os sacerdotes tiravam água do Tanque de Siloé e levavam ao templo. O sumo sacerdote ia a frente, levando um jarro de ouro, cheio de água e em seguida, a derramavam em torno do altar. Quando os sacerdotes se aproximavam da porta das águas, o shofar era soprado, seguido pelo canto dos salmos de louvor e ação de graças a Deus pela colheita.

A água derramada no altar se encontrava com o sangue dos novilhos e dos cordeiros oferecidos durante a festa, sete dias de ofertas, o sangue e a água juntos ali ao pé do altar. Depois da oferta do cordeiro vem chuva, vem o fogo e vem o Espirito Santo.

Quando a cerimônia era realizada, todos oravam pedindo chuva, pois estavam “sedentos”. No tempo de Jesus, as orações das águas estavam firmemente estabelecidas no festival.

Água e sangue desciam por toda cidade de Jerusalém, saindo do templo e tocando todas as ruas da cidade santa, levado esperança e cura por onde passava, desaguando no rio Jordão renovando a vida, avivando os que estavam abatidos.

No último e mais importante dia da festa, Jesus levantou-se e disse em alta voz: "Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva".
João 7:37,38.

Durante seis dias consecutivos, a procissão da água ocorria uma vez a cada manhã. No sétimo dia, o dia da grande Salvação ela era repetida sete vezes. É interessante que Jesus poderia ter gritado tanto no sétimo como no oitavo dia. Qualquer um dos dois dias pode ser tecnicamente chamado de “o último e o mais importante” (João 7:37).

Jesus declarou que todos aqueles que estão sedentos devem vir até Ele! As palavras de Jesus são claras e não precisa de muita explicação.

“Quem crê em mim, como diz a Escritura, “do seu interior fluirão rios de água viva”. João 7:38.

Que referência do Antigo Testamento Jesus tem em mente aqui? Jesus é retratado no Evangelho de João como o tabernáculo (João 1:11) e templo (João 2:13-25). Devemos nos interessar especialmente por textos que ligam o Templo com a Festa dos Tabernáculos, onde essa discussão está ocorrendo.

Uma vez que consideramos a água do Velho Testamento e os temas relacionados à salvação explicitamente ligados ao templo, uma referência em particular, o Rio de Ezequiel, que começa no altar e toca toda cidade (Ez. 47:1-13), e esta é apenas uma das muitas referências a Ezequiel no Evangelho de João.

O texto de Ezequiel descreve o futuro templo do qual flui um rio de água viva (Ez. 47:1). O anjo que acompanhava Ezequiel mediu as águas, que se tornavam cada vez mais profundas (Ez.47 :3-6).

A região do deserto junto ao salgado Mar Morto irá florescer. Devido a este rio de água viva, o deserto sem vida será transformada em um lugar de vida e de cura (Ez.47 :7-12). O que é ainda mais emocionante é que uma passagem paralela a esta do texto de Ezequiel é encontrada em Zacarias 14:14-20. Lemos sobre uma batalha, depois que os rios de água viva começam a fluir em duas direções (oeste e leste) do Templo de Jerusalém. Quando a batalha termina e o Deus de Israel surge como o vencedor, as nações derrotadas e sobreviventes (que lutaram contra Jerusalém) virão todos os anos a Jerusalém para celebrar a Festa dos Tabernáculos diante da face do Senhor (Zc.14: 16).

É muito lógico que foi na sequência da leitura destas mesmas palavras, que Jesus se levantou e proclamou que as palavras dos profetas Ezequiel e Zacarias se cumpriram totalmente nEle.

É interessante registrar que hoje, no último dia da Festa dos Tabernáculos está chovendo em Israel o que significa que o Ato Profético deu certo e Deus continua abençoando o seu povo e a Sua Terra com Paz e Prosperidade em todos os sentidos.

Nós também estamos comemorando Tabernáculos e hoje estamos consagrando nossas ofertas ao Senhor e também estamos sendo abençoados com chuva. Eu creio no Ato Profético realizado na Festa dos Tabernáculos e realizamos todos os anos desde que iniciamos nossa Escola Profética e desde então nosso estado bateu o record em colheitas pelo sexto ano consecutivo.

Neste último dia da Grande Festa em Nome de Jesus eu desejo Paz e Prosperidade em todos os sentidos.

Joel Engel
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