No title "Bartimeu, cego mendigo, filho de Timeu, estava assentado à beira do caminho..."
Ele estava no escuro, era cego e mendigo. Bartimeu vivia à margem da sociedade, à beira do caminho. Que situação! Será que esse homem podia sonhar? Ele era cego. Ele era mendigo. Uma pessoa totalmente depende dos outros.
O Dr. Alemu Befettu, pregando em nossa igreja, disso algo tremendo: A vida daquele homem estava em uma capa. Ainda hoje, a existência de um mendigo se resume à capa dele.
Todos os mendigos tem uma sacola ou um saco. O mundo deles cabe ali; a vida de todo mendigo se resume a um monte de lixo dentro de um saco.
Bartimeu era cego, estava no escuro, era pobre e mendigo.
Nos tempos bíblicos, ser cego - como tantas outras doenças - era considerado uma maldição.
De acordo com a Lei, um cego não poderia servir a Deus (Levítico 21.17,18). O povo da época de Jesus acreditava que a cegueira era conseqüência de pecados; era conseqüência de pecados. Esse pensamento não apenas causava uma exclusão da graça e da misericórdia de Deus como também excluía o cego do convívio das pessoas.
Bartimeu não tinha saúde, nem dinheiro, nem valor próprio. Para a sociedade da época ele era maldito. Aquele homem carregava não apenas sua capa, mas também seus complexos, seus traumas, suas feridas abertas.
Bartimeu vivia à margem do caminho e da sociedade. Mas quando Jesus passou ele poderia ter usado a boca para manifestar as suas revoltas, a sua insatisfação mas o cego Bartimeu clamou pela compaixão de Jesus e foi curado.
Aprenda mais sobre esse assunto lendo "Usar a boca para o que é certo".
Jorge Linhares é pastor da igreja batista Getsêmani, em Belo Horizonte (MG). Cursou Estudos Sociais e Teologia. É presidente do "CPEMG" (Conselho de Pastores do Estado de Minas Gerais), vice-presidente do "CIMEB" (Conselho Interdenominacional de Ministros Evangélicos do Brasil), presidente da "Associação de Escolas Cristãs de Minas Gerais" e do "FENASP" (Fórum Evangélico Nacional de Ação Política e Social). O pastor escreveu mais de 100 livros, entre eles o best-seller "Bênção e Maldição", que superou a marca de um milhão de exemplares e foi traduzido para o inglês e o espanhol.
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