Entrando em acordo com seu cônjuge!

O matrimônio não é um ringue e nem um lugar de competição.

fonte: Guiame, Magali e Sergio Leoto

Atualizado: Quarta-feira, 17 Abril de 2019 as 4:52

(Foto: Unsplash)
(Foto: Unsplash)

Ruth Graham, esposa do grande evangelista Billy Graham, numa entrevista à TV, respondeu de forma bem-humorada ao repórter: “Se eu já tive vontade de me divorciar de Billy? NUNCA! Mas, de ‘matá-lo’, várias vezes!”.

Nossos cônjuges também são maravilhosos! A maior parte do tempo, são agradáveis, amigos, companheiros, incentivadores etc. Mas algumas vezes, falaríamos exatamente como a dona Ruth! Existem certas ocasiões ou certas discussões tão estressantes, que desejaríamos estar em “outro planeta”, para fugir delas. Muitos são os momentos, em que um dos cônjuges tem que dizer: “Parei de discutir, porque percebi que ter PAZ é melhor, do que ter razão, nesta questão!”.

Entrar em acordo é extremamente importante, no casamento. Não estamos sempre certos, mas também não erramos sempre! É impossível ganhar todas as discussões e, também, é inconcebível estar sempre errado em todas as situações! O matrimônio, não é um ringue e nem um lugar de competição!

Só que algumas pessoas têm mais dificuldades em perceber, que o casamento é a reunião de DUAS cabeças pensantes e não apenas de UMA! E onde existem duas pessoas, existirão opiniões diferentes. Irão coincidir em alguns pontos, mas em vários outros, não! Acredite: NÃO É PECADO pensar diferente da outra pessoa! Mas quando decidimos ser um casal e viver uma linda história de amor, precisamos ENTRAR EM ACORDO!

Amós 3:3 diz: “Como andarão dois juntos, se não houver entre eles acordo?”. Para fazer um acordo, é necessário inicialmente, encontrar os pontos em que concordamos. Depois, cada um deve ceder um pouco (naquilo em que é possível ceder) no seu ponto de vista. Pessoas adultas sabem da importância de se fazer acordos; pessoas infantilizadas agem como crianças dizendo: “Se não for do meu jeito, eu não brinco mais!”.

Lembre-se: casamento não é feito para crianças, mas para adultos! Pessoas adultas conseguem ouvir avaliações negativas a seu respeito, “retendo o que é bom”. Analisam as observações, separando os exageros e utilizando os bons conselhos! Não é isto o que acontece, quando ouvimos as “broncas” de nossos chefes no trabalho? E devido a aprendermos com este processo, hoje não somos profissionais melhores? Assim também acontece no casamento! Com a diferença de que as observações negativas são feitas por alguém que nos ama e ESCOLHEU viver ao nosso lado. Esta pessoa pode estar um pouco alterada ao falar, mas, quando separamos as palavras exageradas, conseguimos ouvir o clamor de um coração que sofre, por nos amar e que deseja o nosso bem!

Quando pensamos na vida conjugal, os anos de convivência vão mostrando que mudanças são necessárias, tanto em nível pessoal, quanto do casal. Algumas pessoas, têm grande dificuldade em “flexibilizar” pontos de vista, ideias e comportamentos. A alegação para essa rigidez é que “eu fui sempre assim, vou ser sempre assim – quem quiser, que me queira assim!”. É o chamado “complexo de Gabriela” (lembrando a letra da música-tema da novela com este nome). Esta atitude pode parecer certa, mas em geral acaba em discussões intermináveis, que não contribuem para a paz no relacionamento.

Existem áreas de nossas vidas que não devemos mudar, por fazerem parte do nosso caráter, dos nossos valores mais profundos, principalmente quando estes têm sua base na Palavra de Deus. Mas muitas outras áreas são negociáveis e as mudanças podem nos ajudar a viver melhor, tanto conosco mesmo, quanto com as pessoas que convivemos.

Quando existe esta “rigidez” excessiva, isto geralmente acontece, porque a pessoa não consegue olhar a questão sob o ponto de vista da outra pessoa. Além de ser uma atitude injusta, também é egoísta. Paulo em Fp 2:3-5 nos exorta a que não sejamos egoístas, “mas humildemente consideremos os outros superiores a nós mesmos. Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros. Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus”.

Colocar-se no lugar do outro, avaliar a vida sob o prisma da pessoa que tem o pensamento diferente do nosso, ajuda-nos a “entender” melhor o que o outro fala, bem como avaliar a possibilidade de “flexibilizar”.

Ore ao Senhor e converse com seu cônjuge. Comece a entrar em acordo, percebendo os muitos pontos que vocês têm em comum. Tente olhar a vida, sob o ponto de vista do seu cônjuge, que é alguém que o ama e se interessa pelo seu bem. Assim, você trará de volta a bondade, a delicadeza, a cordialidade, a solidariedade, o sorriso, o bom humor, a condescendência. Estas realidades voltarão a fazer parte dos seus relacionamentos. Isto será saúde para você e para o seu casamento!

“A sabedoria do homem lhe dá paciência; sua glória é ignorar as ofensas” (Provérbios 19:11). “A resposta calma desvia a fúria, mas a palavra ríspida desperta a ira” (Pv 15:1).” Dar a resposta apropriada é motivo de alegria; e como é bom um conselho na hora certa!” (Pv 15: 23). “Não retribuam mal com mal, nem insulto com insulto; ao contrário, bendigam; pois para isso vocês foram chamados, para receberem benção por herança” (1Pedro 3:9).

Por Sergio Leoto (pastor) e Magali Leoto (psicóloga) escritores, palestrantes e trabalham junto às famílias, através do ministério “Fortalecendo a Família”, desde 1990.

* O conteúdo do texto acima é de colaboração voluntária, seu teor é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

 

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