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O paradoxo do cansaço e da saudade

O problema de ficarmos agarrados nesse sentimento de sempre querer estar em outro lugar é que nunca aproveitamos nada.

fonte: Guiame, Mariana Mendes

Atualizado: Terça-feira, 2 Agosto de 2022 as 3:13

(Foto: MireXa/Pixabay)
(Foto: MireXa/Pixabay)

Ainda não sou mãe, mas tenho uma relação muito próxima com meus sobrinhos e acabo experimentando algumas coisas, em um nível menor, claro, que percebo que os próprios pais experimentam. Não é raro acontecer de eu precisar cuidar dos meus sobrinhos, e não é algo que faço triste, eu amo brincar com eles.

Porém, depois de um certo tempo cuidando das crianças a gente tende a ficar cansado, afinal nossa energia não bate com a deles, que aparentemente é inesgotável. Nesses momentos, fico pensando em como gostaria de estar com tempo livre. Nem fico com eles 24 horas, mas já tenho essa sensação depois de dois períodos completos. Contudo, quando eles vão embora e não voltam no dia seguinte, sinto saudades e gostaria de ter um tempo com eles de novo. Acredito que os pais vão me entender nesse sentimento.

Esse é o paradoxo do cansaço e da saudade. É um sentimento normal, e não quero colocar culpa no coração de ninguém, mas onde quero chegar? O problema de ficarmos agarrados nesse sentimento de sempre querer estar em outro lugar é que nunca aproveitamos nada. O presente é isso mesmo: um presente. Precisamos aprender a viver as coisas enquanto elas acontecem. Quando as crianças estão por perto, aproveite cada momento ao máximo e quando estiver sozinho, também, descanse, renove, relaxe. Isso vale para tudo na vida, seja trabalho, estudos, momentos com a família toda, etc.

Vivemos pensando no que será ou no que já foi e esquecemos de viver o único momento possível: o agora. Que a gente aprenda a agradecer por cada momento, cada manhã, cada acordar, que tenhamos um olhar de ternura para a correria e para a paz, cada momento tem sua própria magia e Deus tem sempre algo a nos ensinar, basta abrirmos os olhos.

Por Mariana Mendes, casada com Leandro, autora de O Relógio de Nina. Filha do Pai e filha de pastor. Apaixonada por livros, por culinária e por observar os detalhes da vida, a fim de enxergar a rotina com novos olhares.

* O conteúdo do texto acima é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

Leia o artigo anterior: Por que andamos ansiosos

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