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Alegria também é persistência, uma atitude de fé e superação de conflitos

A alegria não está vinculada ao que acontece ao nosso redor, mas sim ao modo como reagimos a esses acontecimentos.

fonte: Guiame, Marisa Lobo

Atualizado: Sexta-feira, 1 Outubro de 2021 as 11:38

(Foto: Canva)
(Foto: Canva)

Alegria! Quem nunca quer estar alegre constantemente? Essa é, sem dúvida, a maior expressão do estado de felicidade humana, motivo pelo qual sempre buscamos formas de nos alegrar. O que muitas vezes nos esquecemos, no entanto, é que a busca por esse "estado de espírito" também é questão de persistência, fé e superação de conflitos.

Quando falamos sobre estar alegre, a maioria de nós encara o assunto como algo que depende 100% das circunstâncias. Ou seja, é como dizer que "me sinto alegre porque isso aconteceu", o que também vale quando nos referimos à tristeza. Entretanto, na maioria das vezes a alegria não está vinculada ao que acontece ao nosso redor, mas sim ao modo como reagimos a esses acontecimentos.

Não significa dizer que o nosso estado de ânimo não é influenciado pelos acontecimentos, pois a própria maneira como reagimos às diferentes situações já é um reflexo disso. Mas, significa dizer que todos nós, especialmente os cristãos, possuímos condições de decidir encarar todos os contextos da vida com alegria, persistindo nisso.

A Bíblia, por exemplo, nos ensina essa verdade em várias passagens. Em Atos 16, dos versos 22 ao 25, vemos como Paulo e Silas decidiram persistir na alegria mesmo após passarem por uma sessão de espancamento e terem sido presos. "Depois de serem severamente açoitados, foram lançados na prisão", diz o versículo 23. Entretanto, note o que diz o 25:

"Por volta da meia-noite, Paulo e Silas estavam orando e cantando hinos a Deus; os outros presos os ouviam." Ora, como assim?! Dois prisioneiros cobertos de feridas cantando hinos a Deus dentro de uma cela? De onde eles tiraram essa alegria em meio a uma sequência de acontecimentos tão ruins? 

A resposta pode estar em outra passagem bíblica, escrita não por acaso pelo próprio Paulo. Ele diz em 1Tessalonicenses 5:16-18: "Estejam sempre alegres, orem sempre e sejam agradecidos a Deus em todas as ocasiões. Isso é o que Deus quer de vocês por estarem unidos com Cristo Jesus."

Percebeu meus destaques em negrito? Paulo não condicionou o estar alegre a determinadas situações. Ele disse para estarmos "sempre alegres" e "em todas as ocasiões". É claro que este ensino expressa uma visão geral de como devemos agir de forma ampla.

Ou seja, Paulo não exclui o fato de que possamos sentir tristeza em determinados momentos, afinal, ninguém vai pular de alegria ao receber o diagnóstico de uma doença grave, ou do falecimento de um ente querido, não é mesmo?

No entanto, entre sentir tristeza por determinados motivos e permitir que esta tristeza determine sobre nós a maneira como devemos reagir, aí há uma grande diferença. É aqui onde entra o ensino sobre estarmos "sempre alegres em todas as ocasiões", pois o que o apóstolo se refere nesta passagem é à persistência na alegria como uma atitude de fé. Foi isso o que ele e Silas vivenciaram na prisão.

Sem dúvida ambos, Paulo e Silas, sofreram durante o açoitamento, mas em vez de lamentar e murmurar contra Deus, eles resolveram reverter a situação de tristeza em motivo de louvor, pois estavam certos de que o Senhor traria providência, e foi o que aconteceu. Com isso, aprendemos a grande lição de hoje:

A persistência na alegria é uma atitude de fé que nos leva a superar grandes conflitos!

Dito isso, você pode estar se perguntando como tirar alegria de uma situação onde só enxerga dor, sofrimento e problemas, certo? Esse é um questionamento que merece outro artigo, talvez na próxima semana. Mas, até lá, quero que você medite nas passagens citadas acima e avalie se o que Deus já falou ao seu coração, agora, não é suficiente para haver uma mudança de atitude da sua parte hoje mesmo.

Na dúvida, faça como Paulo: comece cantando um hino!

Por Marisa Lobo é psicóloga, especialista em Direitos Humanos, presidente do movimento Pró-Mulher e autora dos livros "Por que as pessoas Mentem?", "A Ideologia de Gênero na Educação" e "Famílias em Perigo".

* O conteúdo do texto acima é de colaboração voluntária, seu teor é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

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