
Já subi muitas vezes em púlpitos feitos com mesas, pedras, troncos de árvore, mármore, Madeira importada, prancha de surf, televisão, caixote, teto de carro, Internet, escada, pedaços de construção, etc. Durante o uso destes instrumentos, o diabo me sugeriu várias vezes para me aproveitar da existência da platéia e lançar um dardo inflamado. Talvez eu tenha cedido algumas vezes. Se o fiz, é motivo de grande vergonha para mim.
Nestes palanques expomos ideias boas e ruins. O que importa não é o material usado na construção do púlpito, mas o que foi utilizado na construção da mensagem. Nós, pastores, aprendemos com Jesus a não usar púlpitos e palanques microfonados ou não, para resolver pendências pessoais contra algumas de nossas ovelhas. Problemas pessoais se resolvem pessoalmente. Quem expõe suas ovelhas publicamente, com a intensão de fazê—las passar por um vexame, não é pastor, é lobo.
Podemos, no entanto, falar sobre a quebra de princípios bíblicos, mas sem dar o RG, CPF, DNA e as impressões digitais das pessoas. Odiamos o pecado, mas amamos o pecador.
Sabemos o que fazer, mas emoções como vingança, despeito, mágoa, ressentimento, inimizades e até ódio circulam nossas mentes procurando um modo de entrar e se alojar em nossos corações. Estes demônios só précisam de uma pequena palavra nossa, a qual usarão como permissão para se alojarem definitivamente em nossa alma, levando—nos definitivamente para o inferno.
- Ubirajara Crespo