
Dízimo bem aplicado produz povo abençoado. O que acontece quando for mal aplicado?
No Antigo Testamento, o dízimo era uma espécie de imposto religioso instituído por Deus, mas uma prática imprescindível. Seus sonegadores e maus gestores eram enquadrados por quebra de lei divina e estatal, e perdiam a blindagem conferida contra o destruidor da nação, família e indivíduo (Ml 3.10).
A quebra deste preceito não era um ato isolado, e sim, uma peça do dominó derrubada durante uma sequência de outras quedas. Antes de sonegar o dízimo veio a avareza, o amor ao dinheiro, a quebra de compromissos e pactos feitos com o Senhor.
Hoje a Igreja não é estatal, como ocorria sob a legislação mosaica, e o dízimo deixou de ser um ato compulsório e sujeito a ingerência do Estado. A Igreja, como instituição, é uma iniciativa privada.
Talvez por isto, muitos deixam de trazer os dízimos à Casa do Tesouro, por faltar um retorno em forma de cuidado, conteúdo, evangelização, participação missionária, pastoreamento e amor. Ninguém gostaria de manter funcionando uma máquina religiosa inchada, que só produz ferrugem ao invés de atitudes e fé.
Trazer todos os dízimos para uma casa desgastada, onde não os sacerdotes são indisponíveis, onde a Palavra não é pregada com acerto e o incenso não passa do teto, não é nada estimulante. Você precisa ter certeza de que está envolvido em um projeto aprovado por Deus.
A arrecadação e a aplicação destes recursos são responsabilidades compartilhadas entre doadores e do gestor e não compartimentalizadas, como ocorria no Antigo Testamento.
O doador deve se certificar de que o dinheiro dado ao Senhor, chegou até ele em forma de benefícios feitos ao Corpo e de seus gestores.
A responsabilidade pela boa administração dos recursos pesam sobre doadores e administradores. Somos todos mordomos da casa do Senhor, mesmo depois de depositar nossa oferta no altar.
O Corpo inteiro desfrutará dos benefícios, dos malefícios advindos da sua participação e/ou omissão, sejam eles de ordem material ou espiritual.