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Quando o silêncio é pecado e o confronto é amor

Há momentos em que o maior gesto de amor não é calar, mas falar.

fonte: Guiame, Valcelí Leite

Atualizado: Segunda-feira, 8 Setembro de 2025 as 2:33

(Foto: Unsplash/Neil Fedorowycz)
(Foto: Unsplash/Neil Fedorowycz)

Há momentos em que amar verdadeiramente é se levantar — não contra a pessoa, mas contra o erro que está matando lentamente o relacionamento.

O silêncio que tolera o pecado pode parecer paz, mas é omissão.

O confronto, quando nasce do amor, cura mais do que muitos abraços que encobrem feridas abertas.

"O Senhor corrige a quem ama, e açoita a todo filho a quem recebe." (Hebreus 12:6)

Um tipo de amor esquecido: o amor que corrige.

 

O Medo de Falar: Quando a Repressão se Torna Doença

Na psicanálise, aprendemos que tudo o que é reprimido encontra uma forma de retornar. O que não é dito, se transforma em sintomas. Palavras engolidas viram gastrite, tensões, ressentimento, culpa, ansiedade.

“Tudo aquilo que não enfrentamos no consciente, reaparece na vida como destino.” — Carl Jung

Quantas pessoas estão adoecendo nos relacionamentos porque não dizem o que sentem por medo de desagradar?

Quantos casais vivem como colegas de quarto, onde tudo é passivo, silencioso e superficial — e onde a verdade, quando tenta emergir, é sufocada em nome de uma falsa harmonia?

O silêncio é pecado quando nos torna cúmplices da destruição do outro.

 

Eli – O Pai que Calou Quando Devia Corrigir

Eli, sacerdote de Israel, é um personagem pouco lembrado, mas sua história grita aos nossos corações.

Ele era pai de Hofni e Fineias, sacerdotes corruptos que abusavam do templo e do povo. Eli sabia dos erros dos filhos. Tentou falar, mas não os confrontou com firmeza. Sua correção foi tímida, emocionalmente omissa. E por isso, Deus o repreende com dureza:

“Porque os seus filhos trouxeram maldição sobre si, e ele não os repreendeu.” (1 Samuel 3:13)

Eli perdeu a voz profética dentro da própria casa. Seu silêncio foi interpretado como consentimento. E toda a sua linhagem sacerdotal foi cortada.

Quantos pais e cônjuges têm perdido autoridade emocional e espiritual por medo de confrontar quem amam? Quantos lares estão ruindo porque há amor, mas não há verdade?

 

Confrontar com Graça: A Arte da Verdade Curadora

Na Teopsicoterapia, aprendemos que confronto não é agressão, mas expressão.
Confrontar com graça é unir amor e firmeza, verdade e empatia, limite e acolhimento.

“A graça sem verdade gera permissividade. A verdade sem graça gera rigidez. Mas graça com verdade gera transformação.”

O verdadeiro amor corrige. Ele não deixa o outro no erro por medo de perder o relacionamento. Ele se importa tanto, que prefere ver o outro magoado momentaneamente — do que destruído permanentemente.

“Melhor é a repreensão franca do que o amor encoberto.” (Provérbios 27:5)

 

Casais e Famílias que Evitam Conflito por Medo de Abandono

Muitas vezes, o medo de perder o outro nos impede de dizer a verdade.

Mas você já parou para pensar que, ao evitar o confronto, você já está perdendo o relacionamento?

Relacionamentos onde não há espaço para verdade se tornam arenas de atuação, não de conexão.

Tudo vira representação. Máscaras. Monólogos. Superfícies.

O que parece paz, na verdade, é covardia emocional.

“O amor verdadeiro não é aquele que evita o conflito, mas o que se dispõe a atravessá-lo.” — Valcelí Leite

 

Como Corrigir Sem Ferir — E Ouvir Sem se Fechar

Aqui estão alguns princípios teopsicoterapêuticos para você praticar:

Ao corrigir:

  • Fale com clareza, mas sem tom de ataque
  • Use frases como: “Quando isso acontece, eu me sinto...”
  • Evite rótulos (ex: “você é egoísta”) e aponte comportamentos específicos
  • Ore antes de confrontar, peça sabedoria
  • Confronte em particular, com o objetivo de restaurar, não punir

Ao ser corrigido:

  • Respire fundo, ouça com humildade
  • Lembre-se: a dor que você sente pode ser o eco de algo não curado
  • Pergunte: “Como posso fazer diferente?”
  • Ore após o confronto e peça ao Espírito Santo que te revele a verdade

“O que aceita a repreensão será honrado.” (Provérbios 13:18)

 

Conclusão: Amar é Também Corrigir

Não confunda amor com aceitação cega.

Não confunda paz com ausência de conflitos.

Não confunda omissão com proteção.

Deus nos corrige porque nos ama.

E Ele espera que, como espelhos do Seu caráter, também sejamos instrumentos de correção — com graça, com compaixão e com verdade.

Se você tem engolido verdades para evitar brigas, talvez esteja adoecendo.

Se você sente que não pode ser verdadeiro(a) em seu relacionamento, talvez tenha perdido sua voz.

E se você sente que já não sabe mais como falar — ou ouvir — talvez seja hora de pedir ajuda.

 

A Teopsicoterapia pode te ajudar a reconectar com sua verdade interior, restaurar a comunicação nos seus relacionamentos e resgatar sua identidade emocional e espiritual.

Você não precisa viver entre extremos: calar por medo ou gritar por desespero.
Existe um caminho de equilíbrio — e ele pode começar hoje.

Me chame. Vamos caminhar juntos nessa jornada de cura.

@Theoperapia | Terapia cristã que cura o coração e reorganiza relações.

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Desejo a você e sua família uma semana na Graça.

 

Valcelí Leite (@ValceliLeite) é Psicanalista, Teoterapeuta (Terapia Cristã) e Pastor, atual presidente da ABRATHEO (Associação Brasileira de Teopsicoterapia), com formação em Fisioterapia e pós-graduações em Terapia Familiar Sistêmica, Cognitive Behavioral Therapy - TCC, e MBA em Teoterapia e Competência Emocional. Atua como teopsicoterapeuta com orientação a casais e famílias. Palestrante sobre temas como Educação de Filhos, Internet e Vida Conjugal, Ciência do Bem-estar e Como Evitar a Ansiedade. Ex-superintendente em instituição filantrópica, com gestão em treinamento de liderança, formação de equipes e palestras motivacionais em quatro estados brasileiros e mais de 30 cidades.

* O conteúdo do texto acima é uma colaboração voluntária, de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

Leia o artigo anterior: Você está preparado para o amor que ora por você?

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