Antissemitismo aumenta 3000% em 25 universidades dos EUA após Hamas atacar Israel

O relatório "2024 Report Card", produzido pela StopAntisemitism, aponta um "aumento sem precedentes de antissemitismo" nas universidades americanas.

fonte: Guiame, com informações do All Israel News

Atualizado: Segunda-feira, 25 Novembro de 2024 as 9:57

Atos antissemitas em universidades americanas. (Imagens: X/StopAntisemitism)
Atos antissemitas em universidades americanas. (Imagens: X/StopAntisemitism)

Um relatório recente da organização "StopAntisemitism" trouxe à tona dados alarmantes sobre o aumento de incidentes antissemitas em campi universitários dos EUA no ano passado.

No seu "2024 Report Card", o StopAntisemitism documentou "um aumento sem precedentes de antissemitismo em campi universitários", registrando um crescimento de 3.000% nos incidentes antissemitas nas 25 instituições americanas de ensino superior avaliadas.

O aumento acentuado ocorre após um crescimento de 1.500% relatado no ano anterior. O impacto foi tão grande que a organização precisou expandir sua equipe para lidar com o número recorde de incidentes reportados.

O StopAntisemitism declarou que seu “Boletim Escolar” tem como objetivo “capacitar pais e alunos a fazer escolhas informadas, assegurando que sua experiência universitária seja marcada por crescimento e prazer, e não por medo, ódio ou ocultação de sua identidade”.

Conclusões do relatório

A organização informou que enviou uma pesquisa administrativa para as 25 escolas, mas apenas duas responderam, em comparação com sete no ano anterior.

Por outro lado, 500 estudantes judeus preencheram um questionário sobre suas experiências nas instituições de ensino superior.

As conclusões do relatório foram alarmantes:

55% dos estudantes judeus foram vítimas pessoais de antissemitismo em suas escolas.

43% não se sentiram seguros o suficiente para relatar os incidentes. Daqueles que relataram, impressionantes 87% acreditam que sua escola falhou em investigar adequadamente.

43% escondem sua identidade judaica dos colegas por medo.

72% se sentem indesejados em certos espaços do campus simplesmente por serem judeus.

67% dizem que os judeus são completamente excluídos das iniciativas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) de suas escolas.

69% são responsabilizados pelas ações de Israel – ações sobre as quais não têm controle.

67% acham que sua universidade não tomou medidas suficientes para proteger os estudantes judeus após o massacre de 7 de outubro.

E talvez o dado mais devastador: 43% dos estudantes judeus não recomendariam sua escola a outros alunos judeus.

Queixas desconsideradas

O StopAntisemitism destacou especialmente os escritórios de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI), alegando que esses departamentos não estavam lidando de forma adequada com as queixas dos estudantes judeus.

A pesquisa revelou que a discriminação contra estudantes judeus "frequentemente é minimizada em comparação a outras formas de discriminação no campus".

Liora Rez, diretora executiva da StopAntisemitism, observou: "Essas instituições de ensino superior falharam completamente em proteger seus estudantes judeus, permitindo que o assédio, a exclusão e o antissemitismo violento prosperassem sem controle".

Ela afirmou que, “apesar dos relatos de discriminação, ameaças de morte e hostilidade aberta”, as administrações das escolas com notas baixas “tomaram pouca ou nenhuma ação significativa, abandonando os estudantes judeus em momentos de necessidade”.

Liora disse aos pais de estudantes judeus: "Pais, não financiem essa cumplicidade com o dinheiro da sua mensalidade", declarou. "Escolham instituições que priorizem a segurança e a inclusão de todos os estudantes – os estudantes judeus merecem algo melhor."

O StopAntisemitism concluiu seu relatório afirmando: "Os estudantes judeus não deveriam ter que considerar sua própria segurança ao escolher qual escola frequentar."

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