Milhares de pessoas se reúnem para protestar contra o antissemitismo nos EUA

Depois da guerra entre Israel e Hamas, no último mês de maio, os ataques violentos contra os judeus aumentaram no país.

fonte: Guiame, com informações de CBN News

Atualizado: Segunda-feira, 12 Julho de 2021 as 1:55

Evento “Sem medo: Uma manifestação em solidariedade ao povo judeu”, em Washington, domingo, 11 de julho de 2021. (Foto: AP Photo/Susan Walsh).
Evento “Sem medo: Uma manifestação em solidariedade ao povo judeu”, em Washington, domingo, 11 de julho de 2021. (Foto: AP Photo/Susan Walsh).

No domingo (11), houve uma manifestação em Washington, onde milhares de pessoas se reuniram no National Mall, para protestar contra o aumento do antissemitismo no país. 

O evento intitulado como “Sem Medo: Uma manifestação em solidariedade ao povo judeu”, atraiu cerca de 3 mil apoiadores de várias organizações judaicas e seus aliados.

A manifestação ocorreu em meio a um aumento  do antissemitismo nos Estados Unidos, catalisado pela guerra de Israel com o Hamas, no último mês de maio. Desde então, dezenas de instituições judaicas em todo o país foram vandalizadas ou alvejadas. 

Na semana passada, o rabino Elisha Wiesel foi esfaqueado várias vezes, em Boston, num ataque que ele afirma categoricamente ter sido antissemita. Ele foi um dos principais organizadores do evento. Elisha é filho de Elie Wiesel — ganhador do Prêmio Nobel e sobrevivente do Holocausto.

“Não vou me calar”

“Aqui estamos nós, uma coalizão de judeus com nossos aliados de todas as origens, crenças políticas e afiliações religiosas, que se uniram para enfrentar o antissemitismo”, disse Wiesel à multidão durante seu discurso. 

Ele disse que não vai se calar, independente do lugar onde os judeus estejam enfrentando violência, se em Los Angeles, Brooklyn, Paris ou Tel Aviv. “Não vou me calar se os judeus estão sendo atacados em nossas sinagogas, em nossas ruas, em nossos campus ou no plenário da Câmara dos Representantes”, continuou. 

Republicanos e democratas aproveitaram o momento como uma rara oportunidade de mostrar unidade. O ex-senador Norm Coleman, presidente da Coalizão Judaica Republicana, e o ex-congressista Ron Klein, chefe do Conselho Democrático Judaico da América, subiram juntos ao palco para se dirigir à multidão.

“A luta contra o antissemitismo não é uma questão partidária”, disse Coleman. “Estamos unidos na crença de que cada um de nós tem a responsabilidade de clamar pelo antissemitismo na arena política, seja em nosso próprio partido ou se ele mostra sua cara feia do outro lado do corredor”, enfatizou o ex-senador.

“O anti-semitismo não tem lugar na América ou em qualquer parte do mundo. Deste dia em diante, devemos continuar lutando juntos”, disse Klein.  Meghan McCain, filha do falecido senador John McCain, também falou. 

“Não podemos ficar calados e, acima de tudo, não podemos ter medo. Estou aqui para dizer a todos, que vocês não estão sozinhos”, ela declarou.

Entre os palestrantes estavam o rabino Jeffrey Myers, da Tree of Life Synagogue em Pittsburgh, Pensilvânia e a atriz israelense-americana Noa Tishby, entre muitos outros.

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