‘Raízes espirituais estão por trás da situação do Afeganistão’, diz judeu messiânico

Ron Cantor analisa as raízes históricas relacionadas aos problemas existentes no Afeganistão.

fonte: Guiame, com informações do GOD TV

Atualizado: Terça-feira, 31 Agosto de 2021 as 2:20

Judeus e afegãos: conflito antigo. (Foto: Reprodução / DW)
Judeus e afegãos: conflito antigo. (Foto: Reprodução / DW)

Os conflitos no Oriente Médio têm raízes espirituais muito antigas que se espalharam por todo o mundo, afirma o judeu messiânico Ron Cantor. Segundo ele, parte da solução no país também é espiritual.

Cantor traz alguns pensamentos sobre o que seriam essas raízes. Ele começa falando dos irmãos Isaque e Ismael.

“A tensão começou desde a primeira família crente: Abraão e seus filhos. Ismael foi chamado pelo nome pelo anjo YHVH antes de nascer (Gênesis 16) e circuncidado primeiro (Gênesis 17). No entanto, Isaque nasceu de Sara, esposa de Abraão, por meio de uma promessa profética (Gênesis 18), e a aliança messiânica foi estabelecida por meio dele”, explica.

Cantor diz que o ódio racial se desenvolveu com o passar dos anos entre judeus e árabes: “No entanto, com o coração de Abraão, nós, judeus messiânicos e cristãos árabes, encontramos a verdadeira reconciliação por meio de Yeshua. Nossos relacionamentos amorosos demonstram uma resolução divina para esse conflito de 4.000 anos”.

Outra situação de atrito está, segundo Cantor, relacionada a Israel e a Igreja. “Infelizmente, uma terrível divisão também se desenvolveu entre a Igreja institucional e o povo judeu. Essa divisão foi repleta de corrupção, coerção, racismo e hipocrisia religiosa”, diz.

Ele diz que nessa “atmosfera de divisão e disputa, Muhammed trouxe sua nova e falsa revelação. Na segunda metade do século 7 DC, o Islã se espalhou por todo o Oriente Médio, depois para a Ásia central e, finalmente, até a Indonésia”.

Para ele, uma solução de cura para essa divisão histórica seria a reforma na Igreja, o reavivamento em Israel e a restauração de nossa herança comum “judaico-cristã”.

Escatologia Jihad

Jerusalém não é mencionada nenhuma vez no Alcorão, explica Cantor. No entanto, ele diz, ao longo dos anos, um jihadismo triunfante e ciumento se desenvolveu, no qual um califa final aparecerá e conquistará Jerusalém dos judeus e cristãos “pagãos”.

Na visão de Cantor, essa “escatologia” jihadista é fundamental para os grupos extremistas islâmicos hoje, e sua influência também atinge a maioria dos muçulmanos “moderados”.

“O conflito é apocalíptico por natureza e, portanto, muito assustador. Estamos enfrentando guerras iminentes nas quais um grande número de pessoas pode ser morto. O ‘futuro’ está sobre nós agora”, avalia.

Para Cantor, esses motivos demonstram que é “importante ajudar a preparar e capacitar as pessoas, apresentando um ensino bíblico claro e equilibrado sobre o fim dos tempos”. Mas para isso, ele diz ser necessário que “Deus nos dê humildade, sabedoria e coragem”.

Decadência Moral

Um outro aspecto levantado pelo messiânico, diz respeito à decadência moral. “Uma das razões pelas quais o Islã prosperou nos tempos modernos é a repulsa pela decadência moral da sociedade ocidental”.

Ele diz que imoralidade sexual, ganância, desrespeito pelos pais, rebeldia, drogas e entretenimento sujo são retratados pelos islâmicos como essencialmente “cristãos e judeus”.

Cantor traz a receita para uma mudança desse cenário: “Precisamos de uma onda de verdadeiro arrependimento e santidade. Nossa própria carnalidade e mundanismo levaram ao engano. Há uma crise no ministério ‘profético’. Precisamos de uma grande mudança de paradigma e da palavra de Deus para esta geração.”

“Que Deus nos conceda uma direção clara do céu para nos ajustarmos a este período intenso e perturbador da história”, conclui.

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