Uma sinagoga em Melbourne, na Austrália, foi incendiada na sexta-feira (06), em um incidente que as autoridades acreditam ter sido um ataque incendiário "deliberado".
Um congregante que chegou cedo para a oração matinal na Sinagoga Adass Israel, na cidade de Ripponlea, testemunhou dois indivíduos mascarados despejando um acelerador no prédio e ateando fogo rapidamente. Os suspeitos fugiram do local e ainda não foram capturados.
"Acreditamos que foi deliberado. Acreditamos que foi direcionado. O que não sabemos é o porquê", disse o inspetor detetive da polícia de Victoria, Chris Murray, de acordo com o Times of Israel.
As chamas se alastraram pelo prédio e causaram danos significativos. Nenhum ferimento grave foi relatado.
‘Tolerância zero’
O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, divulgou uma nota condenando o ataque à sinagoga.
"Tenho tolerância zero para antissemitismo. Ele não tem absolutamente nenhum lugar na Austrália", escreveu Albanese.
"A violência, a intimidação e a destruição em um local de culto são um ultraje... As pessoas envolvidas devem ser pegas e enfrentar toda a força da lei."
Um homem que passava de carro em frente à sinagoga em chamas gritava: ‘Salve a Torá! Salve a Torá!”.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, também divulgou uma declaração denunciando o "ato abominável de antissemitismo".
"Infelizmente, é impossível separar esse ato repreensível da posição anti-israelense extrema do governo trabalhista na Austrália, incluindo a decisão escandalosa de apoiar a resolução da ONU pedindo a Israel 'que ponha fim à sua presença ilegal no Território Palestino Ocupado, o mais rápido possível', e impedindo um ex-ministro israelense de entrar no país. Sentimento anti-israelense é antissemitismo", escreveu Netanyahu no X.
The burning of the Adass Israel synagogue in Melbourne is an abhorrent act of antisemitism. I expect the state authorities to use their full weight to prevent such antisemitic acts in the future.
— Benjamin Netanyahu - בנימין נתניהו (@netanyahu) December 6, 2024
Unfortunately, it is impossible to separate this reprehensible act from the extreme…