África foi mais ajudada pelo pentecostalismo do que pelas ONGs, diz pesquisa

O estudo afirma que a mudança social proposta pelos cristãos pentecostais é mais eficaz que a de organizações de ajuda humanitária.

fonte: Guiame, com informações do Christian Post

Atualizado: Sexta-feira, 10 Agosto de 2018 as 12:35

O estudo afirma que o pentecostalismo é o maior movimento em prol da justiça social que já existiu. (Foto: Reprodução)
O estudo afirma que o pentecostalismo é o maior movimento em prol da justiça social que já existiu. (Foto: Reprodução)

A grande maioria dos pentecostais pelo mundo se preocupa profundamente com o trabalho social e a redução da pobreza. Uma pesquisa indica que o pentecostalismo é o maior movimento em prol da justiça social que já existiu. Além disso, estudiosos pentecostais estão crescendo nas universidades — se antes eles costumavam ficar fora do ambiente acadêmico, hoje eles estão cada vez mais engajados.

Eruditos pentecostais como Amos Yong e Craig Keener são especialistas em seus respectivos campos e há um enorme interesse acadêmico sobre o motivo do pentecostalismo ter crescido tão rápido e como isso afeta a sociedade. As ciências sociais não estão mais ignorando como 600 milhões de cristãos cheios do Espírito Santo estão moldando o mundo.

Um livro chamado “Pentecostalism and Development: Churches, NGOs and Social Change in Africa” (Pentecostalismo e Desenvolvimento: Igrejas, ONGs e Mudança Social na África, em tradução livre) era lançado pela escritora Dena Freeman, na London School of Economics. Ela argumentou em sua obra que o pentecostalismo possivelmente fez mais pelo desenvolvimento e pela diminuição da pobreza do que todas as organizações internacionais de ajuda.

“As igrejas pentecostais são muitas vezes agentes de mudança mais eficazes do que as ONGs de ajuda humanitária. Elas são excepcionalmente eficazes em promover a transformação pessoal e o empoderamento, fornecem a legitimidade moral para um conjunto de mudanças de comportamento e reconstroem radicalmente as famílias e comunidades para apoiar novos valores e novos comportamentos”, disse Dena Freeman.

Confirmação

Essa tese está de acordo com o que os sociólogos Donald Miller e Tetsunao Yamamori descobriram alguns anos antes. Eles lançaram um projeto de pesquisa para investigar igrejas em países em desenvolvimento que tinham programas sociais ativos para ajudar pessoas vulneráveis. Quando eles exploraram o terreno, descobriram que 80% dessas igrejas eram pentecostais.

Eles escolheram mudar seu foco de pesquisa sobre o caso, o que levou ao livro “Global Pentecostalism: The New Face of Christian Social Engagement” (Pentecostalismo Global: A nova face do engajamento social cristão, em tradução direta). Lá, eles cunharam o termo "Pentecostal Progressivo", significando um crente cheio do Espírito que está envolvido socialmente com sua comunidade local para ajudar os outros (sem necessariamente ser teologicamente progressista).

Donald Miller argumentou: “O ‘Pentecostal Progressivo’ é mais proeminente nos países em desenvolvimento do que é no mundo ocidental. É importante reconhecer as maneiras pelas quais o pentecostalismo dá dignidade às mulheres e às pessoas que são pobres, dizendo-lhes que eles são feitos à imagem de Deus e, portanto, tem direitos, tanto pessoais como políticos”.

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