Conheça a história do pescador que levou o Evangelho às tribos da Amazônia

O pastor Ronaldo Lidório relatou o dia em que conheceu um ribeirinho que chegou a plantar seis igrejas em três aldeias diferentes.

fonte: Guiame

Atualizado: Sexta-feira, 10 Agosto de 2018 as 3:38

Na maioria das igrejas por onde passa, o pastor Ronaldo Lidório faz questão de lembrar da primeira vez que entrou na mata amazônica para fazer missões. Foi em sua primeira jornada na região amazônica que ele conheceu o “seu João”, um ribeirinho plantador de igrejas.

"As aldeias que eu gostaria de pesquisar estavam a alguns dias de caminhada dentro da mata. Contratamos um guia indígena, que era um caçador e conhecia bem aquela mata", disse ele em um vídeo publicado no YouTube. Eram quatro dias de caminhada e ainda nenhuma agência missionária havia ido nesta região.

"No quarto dia de caminhada, estávamos prestes a entrar em uma daquelas aldeias, ainda sem o Evangelho. Eram três tribos: as tribos dos Cambeba, Miranha e Cocanha. E nós estávamos prestes a entrar na aldeia da tribo dos Cambeba, a aldeia ainda não alcançada, em um local remoto", relatou o pastor.

Ele afirma que quando entrou na aldeia, os indígenas que estavam ali não se assustaram com sua presença. “Nós estamos aqui preparando o lugar para o culto de hoje à noite”, disseram os índios em resposta ao pastor Ronaldo. “Esse pessoal deve ter entendido errado a minha pergunta, porque nós estamos há dias de caminhada e não há missionários no local”, lembrou.

“Eu perguntei: ‘Vocês são crentes?’ Eles responderam: ‘Mas é claro que somos crentes, você não é?’. "E quem trouxe o Evangelho? Qual foi o missionário?", questionou o pastor. Eles disseram que foi o seu João, um ribeirinho pescador que mora em um flutuante, uma casa feita sobre madeiras em um rio.

Conhecendo seu João

Ronaldo explicou que foi até o flutuante para saber quem seria o seu João e, para sua surpresa, ele encontrou um “casebre bem envelhecido com três ou quatro redes puídas, uma cadeira quebrada e uma panela”. Seu João estava sentado no chão e tentava ler a Bíblia com muita dificuldade.

“Eu disse: ‘Meu nome é Ronaldo, eu sou missionário’, ele disse: ‘Um momento’. Abriu a janela e gritou: ‘Maria, venha para casa, traga depressa as crianças porque chegou em nossa casa um missionário de verdade’. Eu nunca fiquei tão constrangido na minha vida por estar em um lugar como missionário”, pontuou.

O pastor disse que ele estava ali preparado para a situação, coberto com as orações de sua igreja, com sustento suficiente e mochila especial com proteção, botas especiais para caminhada na mata e viu um homem simples que não tinha nada do que ele tinha, mas havia paixão pelo Jesus em seu coração.

Seu João contou ao pastor que era membro da Assembleia de Deus, ribeirinho e pescador que morava em um local que tinha pouco peixe. Um dia ele entrou na mata à procura de um rio que tivesse mais peixes e chegou na aldeia dos índios. Ali ele chegou a plantar seis igrejas. Duas em casa tribo.

“Ali estava um homem que não tinha preparo e jamais usou o termo missionário e nem obreiro, nem nada. Era crente no Senhor Jesus, um homem apaixonado por Deus disposto a caminhar para levar a Palavra de Deus com a esposa e quatro filhos para alcançar aquele povo”.

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