Casal de pastores é preso por levar 1000 hindus a Jesus

Um vídeo mostra membros do grupo invadindo a casa do pastor na Índia.

fonte: Guiame, com informações do Indian Express

Atualizado: Segunda-feira, 23 Maio de 2022 as 2:09

Pastor e sua esposa foram acusados de conversões forçadas. (Foto: The Quint)
Pastor e sua esposa foram acusados de conversões forçadas. (Foto: The Quint)

Um pastor e sua esposa foram presos na quarta-feira (18) acusados de “conversões forçadas” em Karnataka, no sudoeste da Índia. A prisão aconteceu dia depois que o governador aprovou a Portaria do Direito à Liberdade Religiosa no estado.

O pastor Kuryichan V., 62 anos, e sua esposa Salenamma, 57 anos, foram presos depois que um grupo nacionalista prestou queixas à polícia, alegando que o pastor converteu à força 1000 trabalhadores das fazendas de café.

Um vídeo mostra membros do grupo invadindo a casa do pastor no distrito de Kodagu e viralizou nas redes sociais. “Nos diga, quantas pessoas você converteu? Quanto dinheiro você coletou e onde estão suas contas bancárias?”, perguntou um homem no vídeo.

A polícia disse que o casal foi registrado sob a Seção 295 do Código Penal Indiano, que condena “atos deliberados e maliciosos, destinados a indignar os sentimentos religiosos de qualquer classe, insultando sua religião ou crenças religiosas”. 

“Se o governo emitir uma notificação no diário, nós vamos acusá-los com a nova lei anticonversão”, disse um policial, informou o Indian Express.

O que é a nova portaria?

A Portaria do Direito à Liberdade Religiosa de Karnataka foi aprovada pelo governador de Karnataka, Thawar Chand Gehlot, na terça-feira (17). O objetivo é evitar conversões com pena de prisão prevista de 3 a 10 anos.

Na quarta-feira, o arcebispo de Bengaluru, Peter Machado, disse que o governo de Karnataka decepcionou a população cristã no estado. 

“A comunidade cristã se sente traída quando seus sentimentos não são levados em conta e seus serviços nas áreas de educação, saúde e outras áreas sociais, para o bem-estar de todas as comunidades, não são levados em consideração”, disse ele.

O arcebispo disse que a comunidade cristã irá lutar para garantir democraticamente que esta lei não entre em vigor.

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