Além de lutar contra a Covid-19, um casal de cristãos, que vive em um país asiático de maioria muçulmana, precisou brigar na justiça pela guarda da filha adolescente.
Maria* foi sequestrada por três homens armados, enquanto ia para o trabalho. Alguns vizinhos testemunharam o ocorrido e contaram para os pais da garota. Eles foram até a delegacia mais próxima para pedir ajuda, mas os policiais relutaram a investigar o caso. Porém, com a pressão da mídia local e de manifestantes, as autoridades decidiram resolver o crime.
Então, descobriram que Maria foi sequestrada e abusada por alguns colegas da fábrica onde trabalhava, mas apenas um deles foi preso. Três dias depois, a adolescente compareceu em um tribunal para contar o que aconteceu.
“Ela disse que foi com o sequestrador com consentimento. Além disso, também falou em favor dele e pediu ao juiz pela libertação do homem”, afirma um parceiro local da Portas Abertas. A jovem também se mostrou disposta a acompanhar o raptor dela, um muçulmano casado e com dois filhos.
Como resultado do depoimento de Maria, o juiz rejeitou o pedido dos pais dela. Entretanto, parentes mais próximos acreditam que a jovem foi ameaçada a depor em favor do sequestrador.
“Conheço bem minha prima. Nunca teria ido de bom grado. Ela é uma garota gentil, mas não estúpida. Deve ter sido ameaçada com a segurança dos pais, familiares e das outras meninas cristãs na fábrica”, testemunha um primo.
O destino de Maria ainda é incerto, mas a Portas Abertas tem assistido a família por meio de assistência jurídica. Neste momento, as orações dos irmãos e irmãs ao redor do mundo são essenciais para fortalecer e encorajar os pais da adolescente cristã.
“Estamos assistindo a centenas de cristãos que tiveram os pedidos de ajuda negados. No meio desta pandemia, não podemos parar com os outros trabalhos da Portas Abertas, como ajudar as famílias cristãs que foram atacadas. Suas orações são a nossa salvação”, completa o colaborador.
*Nome alterado por segurança.