
A crescente perseguição contra cristãos na Índia, que persiste há anos, leva a minoria cristã a se unir nesta segunda-feira (09) em uma manifestação pública pela paz.
A Frente Nacional Cristã organizou os protestos, que ocorrem em todo o país contra a violência sistêmica enfrentada pelos cristãos.
"O detalhe sobre a Índia é que, na Constituição, há liberdade religiosa: para compartilhar sua fé, viver sua fé e até permitir que outras pessoas se juntem à sua fé", afirma Greg Musselman, da Voz dos Mártires, Canadá.
Em várias partes do país, essa liberdade é limitada por leis anticonversão, que frequentemente permitem a imposição da vontade da maioria sobre minorias religiosas.
"É como se eles tivessem dito: 'Já tivemos o suficiente disso, é hora de nos levantarmos juntos, é hora de nos unirmos'", afirma Musselman sobre os cristãos que protestam hoje.
Liberdade religiosa
Outras minorias e organizações também sofrem com essas leis e apoiam o chamado por uma verdadeira liberdade religiosa na Índia.
Segundo um relatório, após os protestos, um memorando será enviado ao presidente da Índia para reforçar a importância da questão.
"À medida que a violência contra nossos irmãos, irmãs e comunidades minoritárias aumentou, eles disseram: 'Queremos chamar atenção para isso e pressionar o BJP', que é um governo hindu radical que afirma que, se você é indiano, então é hindu", diz Musselman.
"Isso vai trazer visibilidade e, esperamos, pressionar o governo indiano para que comece a tomar mais medidas para proteger seus cidadãos."
Musselman pede que os cristãos orem pela causa da igreja na Índia:
"Vamos orar para que a igreja na Índia esteja unida", pede Musselman, "para que a perseguição e a oposição que enfrentam realmente – e, em muitos casos, isso acontece – [tragam] os crentes de diferentes denominações e estilos de adoração juntos."
"Em última instância, o que queremos ver acontecer é que o evangelho de Jesus Cristo avance na Índia, mesmo por meio de algo como um protesto que declare: 'Temos o direito de compartilhar a mensagem'", afirma Musselman.