Um padre católico e um grupo de cristãos estão sendo mantidos reféns por jihadistas do Estado Islâmico (EI), que na última terça-feira (23) queimaram igrejas, ocuparam um hospital e a câmara municipal de Marawi, nas Filipinas.
Pelo menos 21 pessoas foram mortas após enfrentamento entre as forças armadas e terroristas de grupos ligados ao EI, depois que os militantes chamaram reforços e varreram a cidade de maioria muçulmana.
O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, declarou lei marcial no sul da nação e advertiu que ele pode expandi-lo por todo o país. Quando a medida é implantada, ocorre a substituição de todas as leis e direitos civis por leis definidas pelas autoridades militares.
Segundo Duterte, um chefe da polícia foi decapitado pelos terroristas e bandeiras do EI foram erguidas em vários locais do país. Segundo o Bispo Edwin de la Pena, os militantes invadiram uma catedral de Marawi e raptaram um padre católico, dez fiéis e três obreiros da igreja.
Enquanto as negociações de paz estão em andamento entre os dois maiores grupos muçulmanos rebeldes no sul das Filipinas, Duterte ordenou que os militares destruam os grupos extremistas menores, ligados ao EI.
Pelo menos um desses grupos menores, o Maute, estava envolvido no cerco em Marawi. Essa é uma das organizações muçulmanas jurou lealdade ao Estado Islâmico.
De acordo com o analista político, Ramon Casiple, o Maute é um grupo é formado por membros que vivem em Marawi. “É difícil de erradicar, porque eles são de lá. Os Mautes estão incorporados na população”, disse ele.