Muçulmanos radicais no leste de Uganda espancaram e esfaquearam um evangelista após ele e sua equipe levarem uma viúva muçulmana a Cristo, durante pregação pública do Evangelho, informaram fontes.
O ataque ocorreu em 15 de fevereiro, quando Robert Kasozi, um evangelista de 39 anos, também conhecido como Mulokole, foi esfaqueado no estômago.
Três colegas de trabalho dele também foram espancados durante o ataque, que aconteceu na vila de Kiwanga, subcondado de Goma, distrito de Mukono, conforme relatado por uma das fontes locais.
Os evangelistas levaram uma viúva de 75 anos, identificada apenas como Hasifa, à fé em Cristo durante uma oração pública, o que enfureceu um parente e um lojista, conforme relatado por um contato da área, cujo nome não foi revelado por motivos de segurança.
"Um parente de Hasifa, chamado Jawadi, e um lojista viram tudo o que aconteceu – ele saiu da loja e começou a gritar o slogan islâmico, 'Inna lillahi wa Inna ilayhi raji’un [Certamente, a Allah pertencemos e a Ele retornaremos]' e o slogan [jihadista] 'Allah akbar [Deus é maior]'", disse a fonte ao Morning Star News.
Naquele momento, muitos muçulmanos se reuniram e começaram a insultar os evangelistas, afirmou ela.
"Um muçulmano veio e atacou Kasozi, perfurando seu estômago com uma faca", disse a fonte. "Enquanto outros agressores gritavam, 'Vocês, infiéis, por que vêm espalhar uma mensagem errada em nossa cidade – não sabem que esta cidade pertence aos muçulmanos? Parem o que estão fazendo agora, porque para nós sabemos que Jesus não é o Filho de Deus, mas um mensageiro de Deus, assim como nosso profeta Muhammad.'”
"Outros muçulmanos começaram a bater nos três evangelistas enquanto Kasozi estava deitado em uma poça de sangue. Eles também pegaram suas Bíblias e as rasgaram em pedaços."
Hospitalizado
A fonte informou que os outros três evangelistas feridos no ataque foram Alice Nanduja, de 27 anos, James Bazanya (também conhecido como Kyuma Kya Yesu) e Frank Biribawa, todos do distrito de Bwikwe.
Seis vendedores de leite em motocicletas pararam para ajudar a resgatar os quatro cristãos, e um segurança da loja local disparou sua pistola para o ar, fazendo com que os agressores fugissem.
Kasozi disse que foi levado para um hospital para tratamento, onde ainda está se recuperando.
“Vou abrir um processo depois de sair do hospital”, disse Kasozi.
Nenhum dos agressores foi preso, embora alguns fossem conhecidos pelos moradores da área.
O ataque foi o mais recente de muitos casos de perseguição a cristãos em Uganda, documentados pelo Morning Star News.
A constituição de Uganda e outras leis garantem a liberdade religiosa, incluindo o direito de propagar a fé e converter-se de uma religião para outra.
Os muçulmanos representam menos de 12% da população de Uganda, com altas concentrações nas áreas orientais do país.
