No último domingo (26), aconteceu o Domingo da Igreja Perseguida (DIP) 2024, evento anual da missão Portas Abertas.
Este ano, foi promovido por mais de 16 mil igrejas brasileiras e de 22 países da América Latina, que se uniram para orar pelos cristãos perseguidos na África Subsaariana.
A missão informou que mais de 1,6 milhão de cristãos clamaram sob o tema “Desperta África” pelo fim da violência na região.
De acordo com os dados da Lista Mundial da Perseguição (LMP) 2024, a África Subsaariana é a região mais mortal para os cristãos. Cerca de 92% das 4.998 mortes de seguidores de Jesus aconteceram no território.
O sequestro de cristãos é outra forma que os grupos extremistas utilizam para atingir e enfraquecer os cristãos. Apenas na Nigéria, aconteceram 3.300 raptos do total de 3.906 casos.
Marco Cruz, secretário-geral da Portas Abertas, declarou: “A nossa oração pode chegar a lugares aonde nós não podemos ir”.
Em memória do fundador da missão, irmão André, ele disse: “O nosso fundador, Irmão André, dizia que a oração não é a preparação para a batalha, e sim a própria batalha”.
E continuou: “Agradecemos a todas as igrejas, irmãs e irmãos que estão na linha de frente, orando especificamente pela Igreja Perseguida na África Subsaariana e cremos que nosso clamor pode mudar a realidade dos nossos irmãos perseguidos na região. É um privilégio para nós participarmos com Deus do que ele vai fazer — e já tem feito — na África Subsaariana”.
Dentre os motivos de oração durante o DIP 2024, estavam a cura e renovo para os crentes traumatizados pela violência extrema, paz, pelo avanço do discipulado e encorajamento dos novos convertidos, perdão e pela reconstrução de igrejas destruídas.
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Testemunhos de cristãos perseguidos
No Instagram, a missão compartilhou o testemunho de alguns cristãos perseguidos da região.
Após perder a esposa e os filhos em um ataque de extremistas islâmicos em maio de 2023, o pastor Zachariah passou pelo centro de cuidados pós trauma da Portas Abertas e perdoou os agressores.
Hoje, o pastor se tornou um “porta-voz da esperança” em seu vilarejo. Ele discipulou outros cristãos vítimas de violência na Nigéria.
Assim como o pastor Zachariah, Neema, perdeu o filho em um bombardeio em uma igreja na África Subsaariana.
A família estava na igreja quando o ataque começou, além de perder um filho, o outro sofreu uma lesão permanente.
“Os responsáveis pelo ataque pensaram que nos impediram de ir à igreja, mas Deus luta por nós. Não posso deixar o meu Deus”, disse ela.
E a missão acrescentou: “Mas a dor não a impede de adorar e seguir a Jesus. Junto a outros cristãos socorridos pela Portas Abertas na República Democrática do Congo, ela aprendeu a seguir em frente e resistir à perseguição em perdão e graça”.
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Bethany, outra cristã perseguida no país, testemunhou sobre a missão: “Eles me deram uma casa segura para mim, me deram ajuda financeira e supriram as nossas necessidades físicas e espirituais”.
Para os missionários, ela disse: “Que Deus os fortaleça para continuar esse trabalho. Que Ele os abençoe para que sejam vitoriosos por onde passarem e que os leve e traga de volta para casa em segurança”.