‘Minha nova congregação’, diz pastor sobre seu ministério evangelístico na prisão

O pastor Emmanuel teve o ministério restaurado na prisão, onde prega Jesus para outros presos.

fonte: Guiame, com informações de Samaritan's Purse

Atualizado: Quinta-feira, 5 Setembro de 2024 as 1:33

Estudo bíblico na prisão. (Foto: Reprodução/Samaritan’s Purse)
Estudo bíblico na prisão. (Foto: Reprodução/Samaritan’s Purse)

O pastor Emmanuel passou os últimos 10 anos em uma prisão na Libéria. Apesar do ambiente hostil, ele não perdeu a fé e continuou seu ministério evangelístico no local.

Emmanuel foi preso aos 38 anos devido à pressão de religiosos africanos tradicionais que não gostavam que ele falasse contra suas práticas. 

Na prisão, ele começou a acreditar que havia sido esquecido, até mesmo por Deus: “Quando eu pensava nisso, em tudo que eu tinha passado, a raiva vinha até mim”, disse ele.

As coisas mudaram, em 2023, quando ele começou a estudar com um capelão da Samaritan's Purse na Prisão Central de Monróvia, capital da Libéria. O capelão havia iniciado uma série de cursos bíblicos com duração de 11 semanas para os detentos.

À medida que a classe estudava a Bíblia, a fé de Emmanuel foi avivada, e ele se lembrou da esperança em Jesus que pregava aos membros de sua igreja.

Em uma das lições, o pastor leu sobre a raiva: “Ela leva à destruição”, disse Emmanuel. Então, Deus restaurou sua fé e o seu chamado no local.

“O Senhor enviou a Samaritan's Purse para me confortar com a Palavra de Deus e me encorajar que, não importa a situação, somos chamados a ir corajosamente contar aos outros sobre Jesus. Isso mudou minha vida”, afirmou ele.

E continuou: “Sou grato a Deus por me dar forças para ficar aqui. Ele me ajudou. Ele me preencheu, mesmo neste lugar”.


O pastor Emmanuel estudando a Bíblia. (Foto: Reprodução/Samaritan’s Purse)

Liberdade na prisão

Na prisão, a desesperança pode se propagar tão rapidamente quanto a doença em celas superlotadas e precárias. Muitos dos detentos podem passar anos sem sequer entender o motivo de sua detenção.

Datas para julgamento e assistência jurídica são considerados um luxo, e há uma crença predominante entre os presos de que foram enviados para ali com o intuito de morrer.

Apesar dos desafios, Emmanuel tem servido como pastor para seus companheiros de cela desde que terminou o curso. Lá, ele convida outros presos a se juntarem ao estudo da Bíblia para que possam conhecer a liberdade oferecida por Cristo.

Agora, o pastor ajuda a liderar o curso em conjunto com capelães, encorajando os companheiros em oração, adoração e instruindo-os na Palavra de Deus. Mesmo os presos que não estão matriculados no curso, podem ouvir o Evangelho.

“Eu posso pregar aqui. É um privilégio que me foi dado somente pela graça de Deus”, disse Emmanuel.

Para ele, a prisão é sua nova congregação e ele se alegra ao ver outros homens conhecendo o Senhor.

“Fisicamente e espiritualmente eu me sinto livre. Às vezes, é como se eu não soubesse que estou na prisão”, relatou o pastor.

E concluiu citando o versículo bíblico em Apocalipse 2:10, que diz: “Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida”.

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