“Fazer missões não é só ir a outro país, mas levar Jesus onde você está”, diz Luca Martini

Durante ministração em Portugal, Luca Martini afirmou que a missão começa no cotidiano e que cada cristão é chamado a fazer Cristo conhecido onde estiver.

fonte: Guiame, Luana Novaes

Atualizado: Segunda-feira, 10 Novembro de 2025 as 5:07

Luca Martini na Conferência Esperança Viva, da MCI. (Foto: Marcos Paulo Correa/Guiame)
Luca Martini na Conferência Esperança Viva, da MCI. (Foto: Marcos Paulo Correa/Guiame)

Durante a Conferência Esperança Viva, realizada pela Igreja Missão Cristã Internacional, em Lisboa (Portugal), o evangelista Luca Martini ministrou sobre o poder do Evangelho e o chamado de cada cristão.

Morando atualmente na Inglaterra e à frente de movimentos missionários como o Overmission, Luca viajou a Portugal logo após retornar de uma missão no Japão. 

Na conferência, onde o Guiame esteve presente, ele compartilhou testemunhos e experiências: “O Japão hoje tem 0,4% de cristãos, mas nós cremos que os próximos anos serão 400%, 500%, um milhão por cento a mais, porque Jesus está fazendo a obra de Deus no mundo todo”.

Ele contou que ficou impactado ao ver a sede espiritual no país asiático, comparando com o que Deus tem despertado também em Portugal:

“O que nós vemos aqui hoje já é um milagre do Reino dos céus. Jesus está fazendo algo nessa nação. E vendo isso, podemos crer que Deus fará ainda mais com a nossa geração, porque Ele está chacoalhando a Terra com o Evangelho de Cristo.”

Luca enfatizou que o Evangelho não é apenas uma doutrina ou um conjunto de regras, mas a revelação do próprio Deus que se entregou como sacrifício por amor à humanidade.

“Nenhum homem poderia ter inventado isso. Nenhuma religião criou algo assim. A mensagem do Evangelho é que o próprio Deus veio ao mundo, se entregou por nós, pecadores, para que pudéssemos viver de novo”, disse.

Ele lembrou que essa mensagem não pode ficar retida dentro da Igreja: “Ela é viva, é uma chama nos nossos ossos. Por mais que tentemos ficar calados, não conseguimos. É impossível conhecer a verdade e não perceber que há um mundo perecendo sem ela.”

“Fiz-me de tudo para com todos”

Baseando-se em 1 Coríntios 9:19-23, Luca Martini destacou o exemplo do apóstolo Paulo: “Embora sendo livre, ele se fez servo de todos. Ele se tornou judeu para os judeus, gentio para os gentios, fraco para os fracos, para de alguma forma salvar alguns. Paulo se fez de tudo para com todos”.


Luca Martini na Conferência Esperança Viva, da MCI. (Foto: Marcos Paulo Correa/Guiame)

O missionário explicou que essa entrega não se trata de perda de identidade, mas de uma liberdade para amar e servir: “Viver integralmente não é parar tudo para pregar. É fazer tudo o que se faz — trabalhar, estudar, empreender — por um só motivo: que Cristo seja conhecido.”

Ele compartilhou um exemplo recente de um missionário no Japão:

“Conheci um irmão que abriu uma cafeteria para evangelizar. Ele está fazendo um curso de barista, e todos os clientes que entram ali não são cristãos. Mas ele está fazendo de tudo para com todos. Isso é viver o Evangelho.”

Uma geração chamada ao ‘ide’

“Por muito tempo achamos que ser missionário é apenas ir para outro país, mas Deus está levantando missionários em todos os lugares: nas empresas, nas universidades, nas artes, nos esportes. O mundo precisa de cristãos que vivam integralmente para o Evangelho — não apenas pregando, mas sendo testemunhas vivas de Jesus onde estiverem”, destacou.

Luca então afirmou que Deus está despertando uma geração que não separa fé e propósito:

“A missão não é uma profissão, é um estilo de vida. Ser missionário é entender que cada respiração tem um propósito: fazer com que Cristo seja conhecido.”

Luca alertou, porém, que muitos cristãos ainda vivem como os israelitas recém-libertos do Egito: saíram da escravidão, mas continuam presos a ídolos.

“Deus tirou o povo do Egito, mas depois precisou tirar o Egito do povo. Ele foi destruindo os ídolos um a um, mostrando que é maior do que todos eles. O Evangelho faz o mesmo conosco — destrona os ídolos modernos que nos aprisionam: o medo, o dinheiro, a fama, o sucesso, a opinião dos outros.”


Luca Martini na Conferência Esperança Viva, da MCI. (Foto: Marcos Paulo Correa/Guiame)

“Não precisamos mais perguntar ao dinheiro se podemos obedecer a Deus”, acrescentou. “Agora somos livres para crer, livres para seguir, livres para obedecer a voz de Deus.”

“As nações verão a glória de Deus”

Encerrando a pregação, o missionário declarou palavras proféticas sobre o futuro da Europa e, especialmente, de Portugal:

“Essa geração, essa nação, esse continente que um dia se afastou do Senhor — se Deus nos chamou para cá, é para reavivar este lugar. Nós somos livres para fazer isso! Não existe gigante que não possa cair, não existe impossibilidade que Deus não possa vencer.”

E completou: “Não é o dinheiro, nem a fama, nem o medo dos homens que decidem o que faremos. É Deus. Ele é quem abre e fecha as portas. E se Ele nos chamou, nós iremos. Porque nós somos livres para obedecer à Sua voz.”

“Nós podemos ir a todo o mundo. Podemos sonhar e crer que veremos a glória de Deus. Porque nós somos livres — livres pelo precioso sangue do Cordeiro que venceu o inferno, triunfou sobre o mal e conquistou a nossa vitória”, finalizou.

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