“A Europa tentou viver sem Cristo — e agora colhe o vazio dessa escolha.” Essa foi a observação do pastor Sidson Novais, líder da Missão Cristã Internacional (MCI), diante de uma Europa cada vez mais secularizada e distante de Deus.
Sidson esteve à frente da Conferência Esperança Viva, realizada nos dias 8 e 9 de novembro, em Lisboa, reunindo centenas de cristãos de várias partes de Portugal e outros países com um mesmo propósito: lembrar que mesmo diante da tentativa de apagar as marcas do cristianismo na Europa, “a fé não morreu — ela está renascendo”.
“Trabalharam tanto para desconstruir os traços do cristianismo na Europa. Tantas ideologias, tantas coisas foram até impostas para a desconstrução da base histórica da Europa, as raízes judaico-cristãs”, observou.
“A Europa acreditou que, pela razão, pela inteligência, pela lógica, pelo bom senso, o ser humano poderia desenvolver uma sociedade que faria bem a todas as pessoas e todos seriam felizes. E acreditaram que isso seria possível fazer sem o cristianismo”, continuou.
Mas, segundo o pastor, o resultado foi o contrário:
“Este mundo percebeu que fez mal. Acreditaram que a secularização iria acabar com a fé, mas na verdade, a fé renasceu. Há um renascimento da fé na Europa!”
Sidson criticou o esforço de governos e instituições para apagar símbolos cristãos dos espaços públicos.
“Disseram: ‘Não temos que chamar Natal de Natal. Não precisamos comemorar a Páscoa. Vamos desconstruir. Não podemos ter símbolos religiosos nos lugares’”.
No entanto, ele reforçou: “O cristianismo faz parte da nossa raiz. A base da nossa sociedade, das nossas leis, é fundamentalmente cristã. Agora, essas mesmas pessoas que lutaram contra isso estão preocupadíssimas, principalmente na Inglaterra.”
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Pastor Sidson Novais, líder da Missão Cristã Internacional. (Foto: Guiame/Marcos Paulo Correa)
O perigo do “cristianismo cultural”
O pastor lembrou a fala recente de Richard Dawkins — famoso ateu britânico — que declarou se considerar “um cristão cultural”.
“O ateu mais famoso do mundo disse: ‘Eu me considero um cristão cultural. Mas eu não tenho fé em Jesus’. Ele disse: ‘Eu posso ter fé no cristianismo sem ter fé em Jesus. Eu quero os traços cristãos na minha Inglaterra.’”
Sidson explicou o perigo desse pensamento: “O que vem a ser o cristianismo cultural? É quando se valoriza o cristianismo como herança cultural e moral, mas não se quer crer em Cristo. Isso é loucura! Paulo já disse: ‘A loucura de Deus é mais sábia do que os homens’.”
E completou: “Quando você desconstrói alguma coisa, precisa ter algo melhor para colocar no lugar. Eles não tinham nada melhor — e não há nada melhor que Jesus.”
Por isso, o pastor alertou: “O cristianismo cultural nunca poderá usufruir do poder da ressurreição, porque esses que se dizem cristãos culturais não acreditam que Jesus nasceu de uma virgem nem que ressuscitou. Mas é justamente a ressurreição que traz o poder do Evangelho!”
“O poder da ressurreição faz com que a igreja seja viva. Foi quando os discípulos viram o Cristo ressurreto que nada mais temeram. Pedro, que negou, nunca mais negaria. Eles entenderam: seguimos alguém que tem poder sobre a morte.”
Jesus é a luz do mundo
Sidson lembrou que os cristãos devem carregar a luz de Cristo, especialmente em um mundo que vive uma crise moral e espiritual. “O europeu está à procura de uma luz que o conduza — mas não reconhece que essa luz é Jesus”, disse.
“O mundo pode querer o lado bonito do cristianismo, mas sem Cristo, não há cristianismo verdadeiro. A luz de Jesus é a única capaz de vencer as trevas.”
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Pastor Sidson Novais, líder da Missão Cristã Internacional. (Foto: Guiame/Marcos Paulo Correa)
Por fim, o pastor proclamou a vitória final do povo de Deus: “No final, Deus enxugará dos nossos olhos todas as lágrimas. Dos tempos sombrios, a luz prevalecerá. A luz vai vencer!”
E concluiu: “Não há esperança viva sem Jesus. Somente aqueles que acreditam que Ele ressuscitou e vivem o poder da ressurreição podem refletir a luz de Cristo neste mundo.”