Pastor fala sobre o papel da Igreja no Yom Kippur: “É tempo de clamarmos”

Considerado o dia mais sagrado do calendário judaico, o Yom Kippur é um momento de arrependimento.

fonte: Guiame, Luana Novaes

Atualizado: Sexta-feira, 11 Outubro de 2024 as 2:19

(Foto: Ministério Engel)
(Foto: Ministério Engel)

O Yom Kippur, ou Dia da Expiação, começa nesta sexta-feira (11), ao anoitecer, e vai até o pôr do sol de sábado (12). Considerado o dia mais sagrado do calendário judaico, é um momento especial de jejum, oração e arrependimento.

Joel Engel Júnior, filho do pastor Joel Engel e estudioso dos costumes judaicos, explica o significado desse dia: “Estará se abrindo um portal no tempo que se repete todos os anos: Yom Kippur. O que tem de tão especial nesse dia? Esse é o dia em que Deus perdoou o pecado do bezerro de ouro.”

Durante o Yom Kippur, é um costume refletir sobre os erros do ano que passou e pedir perdão. 

“Temos o costume de jejuar neste dia e passar nosso tempo em oração, em entrar em um momento de introspecção. Olhar para dentro de nós e nos examinar. Ver o que erramos no ano que passou, tanto com Deus como com o nosso próximo. Então pedimos perdão a Deus e tomamos o impulso de agirmos de forma diferente no ano que está por vir”, explica Engel Júnior. 

“Em toda a Bíblia, vemos que a mensagem principal é o arrependimento — desde os profetas, até a Jesus.”

O Yom Kippur encerra um período espiritual importante no calendário bíblico, que começa com Rosh Hashaná, o ano novo. “É o momento em que, no mundo espiritual, começam a ser emitidos decretos para o novo ano, e estes decretos são emitidos até o dia 10 de Tishrei, no Yom Kippur”, diz Engel Júnior. Segundo ele, este é o dia em que tudo é selado e definido no mundo espiritual.

Yom Kippur e a cura da nação

O pastor Joel Engel destaca a importância do Yom Kippur para a nação, não apenas para a vida individual. Segundo ele, é um dia em que Deus avalia quatro áreas principais da vida: 

1 - Seu relacionamento com Deus; 

2 - Seu relacionamento com a Palavra de Deus; 

3 - Seu relacionamento com a família; 

4 - Seu relacionamento com o necessitado.

Engel explica que este julgamento não é final, mas é uma revisão do último ano. “Este não é o julgamento final, é o julgamento a respeito do último ano. Deus em seu tribunal quer tomar decisões e quer que você entre junto para participar daquilo que Ele vai fazer.”

Ele também fala sobre o papel da igreja como intercessora, comparando com os sacerdotes da antiguidade, que ofereciam sacrifícios pelos pecados do povo. “Assim como os sacerdotes apresentavam um sacrifício no altar, como um ato de intercessão pelo pecado do povo, a igreja deve interceder pelos pecados da nação.”

Engel faz um alerta sobre o estado atual do mundo, dizendo que desastres naturais podem ser uma consequência do pecado da humanidade. 

“A terra é contaminada com os pecados da nação. De onde vem os furacões? De onde vem as queimadas? Essas são a manifestação do juízo por causa da contaminação da terra. A natureza geme devido aos tantos pecados.”

Ele cita Levítico 18:25, que diz: “Uma vez que a terra toda foi contaminada, castigarei seus habitantes. Farei a terra vomitá-los.”

O pastor ainda faz uma reflexão sobre a história de Sodoma e Gomorra, quando Deus trouxe destruição sobre a cidade devido ao nível de corrupção. “Quando os pecados de Sodoma e Gomorra chegaram ao seu limite, Deus trouxe destruição àquela terra. A pergunta hoje é: será que chegamos ao limite?”

Engel também menciona a intercessão de Abraão por Sodoma, em Gênesis 18, como exemplo do que Deus espera de seus servos hoje. “Abraão vai pleiteando. Essa é a função do sacerdote e do intercessor — e é isso o que Deus espera de você hoje.”

Confira a pregação completa:

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